Dama da música belo-horizontina, Dona Jandira, falecida no ano passado, será homenageada em roda de samba na próxima edição do projeto Quarta Doze e Trinta. Em apresentação especial para o Novembro Negro UFMG, Fabinho do Terreiro, Raquel Seneias, Dona Eliza e Celia Márcia unem suas vozes na Praça de Serviços do campus Pampulha no dia 12 de novembro, às 12h30. O show é gratuito, aberto ao público e integra a programação do Circuito Cultural UFMG, realização da Pró-reitoria de Cultura (Procult).

Grande voz do samba mineiro, Jandira Celia nasceu em Maceió, em Alagoas, e formou-se em pedagogia. Ela lecionou por muitos anos até mudar-se para o vilarejo de Itatiaia, distrito de Ouro Branco, onde trabalhou com artesanato. Nascida em uma família de músicos, Dona Jandira se dizia “cantora desde o berço”, pois cantava na escola, na igreja e em festas da família. Mas foi somente aos 66 anos de idade que ela subiu ao palco pela primeira vez e deu início à carreira profissional na música, em dezembro de 2004.

Trajetória musical
Em seus 20 anos de carreira, Dona Jandira realizou mais de 400 apresentações nacionais e internacionais, com passagens por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Portugal. Sua discografia conta com as obras Dona Jandira (2008) e Dona Jandira: ao vivo (2012), com participações especiais de grandes nomes da música brasileira, como Luiz Melodia, Paulinho Pedra Azul, Sergio Moreira e Marco Lobo. 

Em 2019, ela recebeu o título de cidadã honorária de Belo Horizonte. Em 2022, sua vida e carreira foram homenageadas na exposição Uma vida pela arte, realizada no Centro Cultural da UFMG, que exibiu ao público seu acervo de fotografias, objetos pessoais, vídeos de apresentações e obras que ganhou de artistas renomados. Dona Jandira faleceu em 4 de outubro de 2024, aos 85 anos.