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'Macaozinho'

Chatbot concebido com participação do DCC auxilia público da COP30

Ferramenta, que combina modelos de linguagem com amplo repositório de documentos oficiais sobre mudanças climáticas, subsidia negociações realizadas durante a conferência

Por Nathalie Rajão | DCC

Ilustração de uma arara-vermelha-pequena (Ara macao) sobrevoando a cidade de Belém, sede da Cop30
Inspirado na arara-vermelha-pequena (‘Ara macao’), símbolo da biodiversidade brasileira, o Macaozinho funciona como guia digital

A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, reúne, em Belém (PA), líderes e especialistas de mais de 190 países em busca de soluções concretas para o enfrentamento da crise climática. Para apoiar as negociações e oferecer informações confiáveis ao público, pesquisadores e estudantes do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG criaram o chatbot Macaozinho, com contribuições de especialistas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Inteligência Artificial Responsável (INCT-Tildiar), do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O desenvolvimento técnico ficou a cargo de Bernardo Alves Miranda, estudante do sexto período de Ciência da Computação da UFMG. “Nosso objetivo foi criar uma ferramenta capaz de oferecer respostas contextualizadas e verificáveis, reduzindo o risco de desinformação em um evento global de grande impacto político e ambiental”, explica a professora do DCC Michele Brandão, colaboradora do projeto. O Pnud, que atua na promoção do desenvolvimento sustentável e no apoio a políticas públicas de impacto social, participou de todas as etapas, com vistas a garantir precisão e responsabilidade ética ao sistema.

Durante a COP30, o Macaozinho tem sido utilizado para atender aos usuários, presencial e virtualmente. Além de facilitar o acesso a informações verificadas, a ferramenta desempenha papel educativo e de divulgação científica.

Colaboração inédita
Inspirado na arara-vermelha-pequena (Ara macao), símbolo da biodiversidade brasileira, o Macaozinho funciona como um guia digital durante a COP30. Diferentemente dos chatbots convencionais, o sistema utiliza a técnica RAG (Retrieval Augmented Generation), que combina modelos de linguagem com um amplo repositório de documentos oficiais sobre mudanças climáticas.

Com acesso a mais de três mil documentos sobre conferências climáticas anteriores da ONU, o Macaozinho responde em tempo real a perguntas sobre acordos, compromissos, programação e logística. Assim, auxilia tanto negociadores e especialistas quanto o público em geral. O projeto reflete uma colaboração inédita entre universidades, instituições científicas e organismos internacionais e conta com equipe multidisciplinar que integra ciência da computação, engenharia, diplomacia e relações internacionais.

A equipe de desenvolvimento também inclui Eduardo Luttner (engenheiro eletricista da Unicamp), Yago Honda (mestre em Engenharia de Sistemas pela UnB), Thiago Mendes e José Miguez (especialistas em relações internacionais e clima do Pnud), e Daniel Hasan Dalip (professor do Cefet-MG).

“Projetos como o Macaozinho mostram que a ciência e a inovação produzidas nas universidades brasileiras podem contribuir diretamente para desafios planetários, como as mudanças climáticas, além de fortalecer a formação de estudantes”, completa Michele Brandão.

Matéria publicada no Portal do DCC traz mais informações sobre a inovação.

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