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O papel da empresa júnior na graduação

Juliana Barbosa e Oliveira* e Júnia Marçal Rodrigues**

 

c.gif (1156 bytes)om o desemprego aumentando e o surgimento de novos processos de trabalho, emergem novas exigências referentes à formação e requisitos para se ocupar um lugar no mercado de trabalho. O ensino passa a ser exigência básica, e primordial, além de condição essencial para que o profissional seja empregável. Todavia, o ensino básico já não é suficiente para atender às constantes e freqüentes mudanças. É preciso buscar soluções que mantenham os profissionais atualizados e, mais do que isso, emerge a necessidade de ensinar a esses profissionais o próprio ato de se buscar aprender a aprender, de se manter informado, flexível, criativo e empregável.

Percebe-se que neste contexto a formação de profissionais bem preparados para o mercado de trabalho passa a ser, entre outros fatores, também uma questão de integração de conhecimentos teóricos e experiência prática. Seja por iniciativa da própria instituição, de professores ou alunos, o que se tem buscado é a criação de espaços e oportunidades que possibilitem uma melhor qualificação dos universitários. É portanto, nesse contexto que se enquadra o Movimento Empresa Júnior. As empresas juniores são associações civis sem fins lucrativos que prestam serviços de consultoria e assessoria a micros, pequenas e médias empresas. Atuando em diversas áreas, são gerenciadas por alunos e supervisionadas por professores.

As mais de 250 empresas juniores distribuídas em todo Brasil apresentam-se como instrumentos que possibilitam uma intensa aprendizagem aos consultores juniores que delas participam.

A experiência prática na área de formação advinda dos projetos realizados, somada à vivência de se gerenciar uma empresa, desenvolve habilidades como iniciativa, autoconfiança, julgamento crítico, visão interdisciplinar, empreendedorismo, entre outras, que são requisitadas pela nova ordem do mercado de trabalho.

Pode-se perceber que, na atual conjuntura de mercado, mesmo a formação universitária já não garante empregos ou formas alternativas de ocupação a ninguém. Assim, convictas dos benefícios das empresas juniores para estu-dantes, professores e instituições de ensino, acreditamos que os alunos devem buscar formas de inserção no mercado de trabalho estando ainda em graduação.

Outra solução é o incentivo a uma formação generalista, onde os futuros profissionais, além de terem conhecimentos específicos dentro de sua área de atuação, terão também domínio de áreas afins. E, ainda, a realização de projetos de ensino a distância, que possibilitam à comunidade universitáia desfrutar de vantagens de um sistema educacional avançado e com grandes possibilidades de crescimento. Existem diversas implicações e complicações para este tipo de solução, tal como acontece para tudo que é inovação. No entanto, universidades e universitários que souberem ousar estarão mais aptos a aproveitar oportunidades.

* ** Estudantes do 10º período de Psicologia e consultoras juniores da RH Consultoria Júnior UFMG

 

Durante a graduação, o aluno deve se concentrar somente no aprendizado ou já deve ter um pé no mercado?

Pag2a1.jpg (3277 bytes)" Conservar um pé no mercado é importantíssimo. É a maneira de aliarmos a experiência teórica à prática.

Jean Sávio Sampaio, 2º período Medicina"
Pag2b.jpg (5129 bytes)" Acho importante conhecer o mercado mesmo antes de começar o curso de graduação. Faço farmácia e sei o quanto seria importante conhecer um laboratório de manipulação. Os estágios de pesquisa oferecidos pela Universidade não nos dão uma idéia exata do que é o mercado de trabalho.

Clarissa de Morais Araújo, 5º período Farmácia"

Pag2d.jpg (3776 bytes)" A teoria não vive sem a prática. Por isso acho que as duas coisas são importantes. Na Universidade, os professores falam de uma realidade que não existe no mercado. Nele, as coisas são mais complicadas.

Karine Regis Duarte, 3º período Psicologia "

"Devemos ter os dois pés no mercado. É importante participar de uma empresa júnior, ficar de olho nos convênios e fazer visitas técnicas a diversas empresas. Vejo a teoria muito distante da prática.

André de Morais Rocha, 1º período Engenharia de Controle e Automação "