Quanto mais cedo melhor

Doze alunos do Colégio Técnico participam de pesquisa desenvolvida pelo Instituto René Rachou

Priscila Cirino

 

E.gif (400 bytes)de pequenino que se torce o pepino". O velho ditado cai como luva para justificar a participação de 12 alunos do Colégio Técnico (Coltec) num projeto de pesquisa sobre vetores (insetos que abrigam microorganismos parasitas) desenvolvido pelo Instituto René Rachou de Minas Gerais, ligado à Fundação Oswaldo Cruz. Os garotos têm, em média, 15 anos e já começam a se familiarizar com uma atividade geralmente restrita ao universo adulto.
Mas porque tão cedo? "Há estudos do próprio René Rachou mostrando que, quando mais rápido se envolverem com pesquisas, maior será o interesse dos alunos em continuar atuando na área", explica a psicóloga Rita de Cássia Vieira, uma das coordenadoras do projeto no Coltec. Resultado de convênio assinado entre a UFMG e o Instituto, o Programa de Vocação Científica (Provoc) é pioneiro em Minas. No Brasil, só a Escola Politécnica do Rio de Ja-neiro mantém parceria do gênero com o René Rachou.
Os vetores são o objeto central da pesquisa, mas cada jovem pesquisador pode optar por uma área de especialização. O projeto, dividido em duas etapas, terá a duração de dois anos. Na primeira, iniciada em outubro, os alunos vão conhecer os laboratórios, fazer levantamentos bibliográficos e atuar nas pesquisas desenvolvidas pelos pesquisadores orientadores.

Trampolim

Os estudantes também vão participar de seminários, reuniões de equipe e mostras científicas da Fundação Oswaldo Cruz. "Essa é uma ótima oportunidade para nos aproximar do nosso campo de trabalho. Ao participar do projeto, podemos avaliar melhor se queremos continuar na área científica", conta o aluno Denilson Eduardo Silva Cunha. Sua colega Rafaela Salgado Figueiredo, interessada em trabalhar na área de Bioquímica, vê na pesquisa um trampolim para projetos futuros. "Esse estágio será muito importante na minha formação", prevê a estudante.
Os jovens pesquisadores com bom aproveitamento na primeira fase e que demonstrarem interesse em continuar no projeto poderão, já na segunda etapa, desenvolver sua própria pesquisa. As notas obtidas no Coltec e a freqüência às atividades do Instituto também serão levadas em consideração. Nessa fase, os alunos receberão uma bolsa mensal de meio salário mínimo.

 

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Seleção

Os 12 participantes foram escolhidos entre 61 alunos numa seleção que constou de avaliação das notas da oitava série e do primeiro bimestre da segunda série do 2º grau, redação e desenho sobre o tema O que é ser um cientista e entrevista. Os alunos estão sendo orientados por pesquisadores do Renê Rachou, com auxílio de professores do Coltec.

 

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Parceria

No dia 3 de novembro, a Assessoria de Cooperação Interinstitucional promoveu uma reunião para a discussão da parceria entre a UFMG e a Fiat. Estavam presentes ao encontro a coordenadora do Projeto de Educação e Cultura da Fiat, Silvana Rizzioli, os pró-reitores de Planejamento e Pesquisa, Roberto Freitas e Paulo Sérgio Lacerda Beirão e o coordenador da CT&T, José Maciel Rodrigues Júnior. Na ocasião, foram discutidos projetos de ação conjunta a serem desenvolvidos em diversas áreas, além da atualização de informações sobre iniciativas já em andamento. "Queremos que a Fiat seja um de nossos parceiros preferenciais. É uma empresa de grande representatividade e impacto nacional", ressaltou a professora Maria Cecília Nogueira, Assessora de Cooperação Interinstitucional.

Café com o reitor

Nesta quarta, 25 de novembro, dirigentes do grupo Fiat participarão do Café com o Reitor. O evento será seguido de visitas programadas às unidades e contará com a participação de professores de várias áreas.