Formato de partes do cérebro pode
ajudar a detectar doenças neurológicas

Parceria entre o DCC e universidade norte-americana estuda imagens médicas complexas

 

O.gif (1206 bytes)diagnóstico de doenças como a esquizofrenia, o Mal de Parkinson e o Mal de Alzheimer pode estar ganhando um importante aliado nos projetos de pesquisa que o Departamento de Ciências da Computação (DCC), do Icex, está desenvolvendo em colaboração com a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Uma delas, coordenada pelo professor Alexei Machado, da UFMG, analisou imagens médicas complexas do cérebro de 16 pessoas - tomografias, radiografias e ressonâncias magnéticas - para estudar doenças degenerativas do sistema nervoso.
Machado diz que os médicos só estão preparados para analisar o volume das partes do cérebro. No futuro, prevê, as imagens do aparelho neurológico poderão ser também estudadas de acordo com a forma, o que facilitará o diagnóstico das enfermidades. "Hoje, tudo é baseado no `olhômetro'. Temos que descobrir maneiras mais eficazes de visualizar e interpretar as imagens médicas", afirma o pesquisador, cujo trabalho fundamenta a sua tese de doutorado.
Os cientistas da computação das duas universidades estão realizando estudos morfológicos para definir qual o modelo normal das partes que compõem o cérebro. O corpo caloso, por exemplo, que liga os dois hemisférios, possui formas diferentes para o homem e para a mulher. "Nesse caso, a análise do formato é mais importante que o volume", explica o pesquisador. Seu trabalho indica que a partir da definição da forma padrão de partes do cérebro de uma pessoa normal pode-se chegar ao diagnóstico daquelas partes consideradas doentes.
As pesquisas do DCC ainda não se valem de dados de brasileiros. Por não possuir aparelho de ressonância magnética e um banco de dados adequado, o Departamento depende das estatísticas norte-americanas. Segundo Alexei Machado, o custo de produção dessas informações é muito elevado. "Só uma imagem de ressonância magnética está avaliada em 500 dólares", estima o pesquisador.

 

Escritório da Unitrabalho é inaugurado na UFMG

 

f.gif (419 bytes)ormada por uma rede de núcleos presente em 74 instituições de ensino superior de todo país, a Fundação Unitrabalho inaugurou, no último dia 20, o seu escritório regional em Minas Gerais, na sala 4222 da Fafich. Na solenidade de inauguração, o diretor executivo nacional da Unitrabalho, Newton Lima Neto fez uma palestra sobre a atuação da entidade em todo o país.
Idealizada pelo Núcleo de Estudo e Trabalho Humano (Nesth), do Departamento de Ciência Política da Fafich, a Unitrabalho realiza estudos, pesquisas, consultorias, debates, publicações e programas de formação profissional relacionados ao mundo do trabalho. Lima Neto disse que a fundação já se tornou uma referência nacional nas relações entre as universidades e os órgãos da sua área.
Os projetos elaborados pela Unitrabalho são demandados principalmente pelo ministério do Trabalho, centrais sindicais, secretarias, associações de classe e prefeituras. "São trabalhos desenvolvidos sempre sob a ótica do trabalhador", ressalta o professor Carlos Roberto Horta, do DCP, coordenador do escritório regional da Unitrabalho em Minas.
A fundação já concluiu ou está desenvolvendo até o momento 20 projetos em todo país. Em Minas, porém, a parceria entre associações trabalhistas e a Unitrabalho ainda é incipiente. Um dos motivos, segundo Horta, era justamente a falta de um espaço físico e de infra-estrutura, o que foi resolvido com a inauguração do escritório.
Além de Carlos Horta e Newton Lima Neto, estiveram presentes ao evento a diretora da Fafich, Vera Alice Cardoso Silva, representando o reitor Sá Barreto, a assessora de Cooperação Interinstitucional Cecília Nogueira e o reitor da Uemg, Aluísio Pimenta. A diretora da Fafich ressaltou o empenho da administração da Universidade em assegurar plenas condições de funcionamento ao novo escritório da Fundação Unitrabalho no estado de Minas Gerais.