Diamantina aguarda Festival com ansiedade Murilo Gontijo |
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Além de satisfeito com a possibilidade de lotação do hotel Tijuco, o melhor da cidade, o gerente Constantino Atanázio espera se matricular em uma oficina de fotografia e aprimorar sua técnica, que, a julgar pelas belas fotos que expõe no saguão, é refinada. "Como eu, muitos outros diamantinenses deverão participar intensamente do Festival, principalmente dos eventos públicos", prevê.
Século 21 Na confortável pousada da Carmem Lúcia, as obras estão a todo vapor para receber hóspedes em julho. Pedreiros e marceneiros trabalham firme para completar o ambiente rústico-histórico de extremo bom gosto. "O Festival trará à cidade turistas com um perfil moderno, que respeitam e valorizam o patrimônio público", afirma o funcionário Idelson Sebastião Machado, o seu Neném. A secretária municipal de Turismo, Ana Lélia Ramos Rocha, considera que a realização do Festival de Inverno da UFMG em Diamantina marca a inserção da cidade no século 21. "A trajetória de Diamantina remonta ao século 18, mas precisamos estar com os pés no presente buscando oferecer à nossa população oportunidades de enriquecimento cultural", diz ela, ao frisar que o Festival de Inverno é mais um presente recebido por Diamantina, eleita, no ano passado, Patrimônio Cultural da Humanidade. Outro entusiasta é Serafim Jardim, presidente da Casa de JK e proprietário de pousada. Oferecendo um pequeno aperitivo de sua cortesia, Jardim, amigo, assessor e confidente de JK, faz questão de apresentar pessoalmente a casa que transformou em museu e acolhe objetos do ex-presidente. De acordo com Jardim, a saída econômica para Diamantina é o turismo, uma vez que o garimpo vem perdendo fôlego ano após ano. "A cidade está preparada para o turismo e a expectativa em relação ao Festival de Inverno da UFMG é a melhor possível". Na avaliação de Jardim, este ano o número de visitantes da Casa de JK deve aumentar bastante, devido, entre outros motivos, à realização do Festival.
Imprensa A receptividade da imprensa local é um capítulo à parte. Demonstrando grande satisfação em ver Diamantina acolhendo novamente o Festival, os diretores dos meios de comunicação locais são unânimes em manifestar amplo interesse em contribuir com divulgação. Glaubert Moreira, da Rádio 97 FM, ainda comemorando a ampliação da potência de sua emissora, diz que as portas estão abertas às informações relativas ao Festival. O diretor da Band FM, Marconi Viana, vai na mesma linha e até sugere a criação de um programa especial chamado Minuto do Festival. Paulo Américo, do Portal do Vale, não hesita em abrir as páginas de seu jornal ao Festival. Gesto repetido com "grande prazer" por Donizete de Paula, da Gazeta Tijucana.
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