OAP põe universidade na vida cotidiana

Alexandre Reis de Miranda

 

academia como parte do dia-a-dia da sociedade. Com base nessa filosofia, a Organização dos Aposentados e Pensionistas da UFMG (OAP) criou o projeto Universidade da vida cotidiana, formado por um conjunto de cursos que oferecerá, a partir de 15 de maio, conhecimentos práticos necessários à rotina de qualquer cidadão.

Inspirada numa iniciativa desenvolvida na Universidade de Brasília, o programa abordará temas diversificados ­ de Mercado de capitais a Noções de criação de canários, passando por Nutrição e saúde e A experiência habitual do corpo.

Um dos coordenadores da Universidade da vida cotidiana, o professor Rubens Queiroz, explica que os cursos não concorrem com outros oferecidos pelos centros de extensão e instituições como Senai e Senac: "A diferença está em nossa linha de atuação, mais abrangente que uma extensão universitária. É um atendimento ao cidadão". Para Queiroz, o projeto é resultado de uma combinação de elementos altamente produtiva. "A estrutura da UFMG, a comunidade e a experiência dos ex-professores", define.

Segundo os organizadores, as atividades do projeto vão transcender os muros da Universidade. Além dos cursos, estão sendo planejados eventos culturais em outras cidades, através de visitas a patrimônios históricos de Minas Gerais. A professora Suzana Dias Gomides, outra coordenadora do projeto, garante que as atividades não ficarão restritas aos passeios. "Teremos palestras e estudos sobre as cidades", afirma.

Experiência

O projeto se valerá principalmente do talento dos mais de 1.500 aposentados associados à OAP. Para selecionar os instrutores do curso, a Organização lançará mão de critérios que nem sempre condizem com a carreira acadêmica do docente. É o caso do professor aposentado da Escola de Engenharia, Ênio Medeiros Cunha, escolhido para dar os cursos de Criação de periquitos ondulados australianos e Criação de canários graças à sua vasta experiência na criação de pássaros.

Projeto: Universidade da Vida Cotidiana
Coordenação: OAP/UFMG
Início: 15 de maio
Palestras e cursos: Mercado de capitais; Como construir um patrimônio; A experiência habitual do corpo; Treinamento da memória; Introdução à meditação; Nutrição e saúde; Criação de periquitos ondulados australianos e Criação de canários
Taxas: de R$ 10 a R$ 75
Informações: 499-4505 e 491-4277 (fax)

 

Música promove encontro de bandas

stimular o intercâmbio de professores e alunos da UFMG com a comunidade externa, além de promover a difusão das pesquisas na área de bandas de música no Brasil e no exterior. Este é o objetivo do I Encontro Internacional de Instrumentistas de Sopros, Percussão e Regência de Bandas de Música de Minas Gerais, que a Escola de Música realiza de 15 a 20 de maio. As inscrições encerram-se nesta quinta, dia 11, no prédio da Unidade, no campus Pampulha.

O coordenador do encontro, professor Anor Luciano Júnior, explica que o evento propiciará que os alunos da Escola conheçam o que está sendo feito nesta área em outros estados e até fora do país. O encontro, diz, é uma extensão do projeto Bandas, implantado há um ano e meio. Bandas atende cerca de 120 alunos da comunidade externa, sendo que 50 são crianças carentes da favela Taquaril.

Para o professor, a música deveria estar presente na grade curricular do sistema de ensino brasileiro, como acontece nas escolas norte-americanas. "O interesse pela música seria despertado ainda cedo, o que aumentaria a procura pelo curso na faculdade", diz Anor, lembrando que há professores de algumas disciplinas da Escola que ficam sem alunos durante certos semestres letivos.

O evento contará com instrumentistas e professores brasileiros e estrangeiros, e terá a participação de orquestras e bandas nacionais e da Universidade de Shenandoah, dos Estados Unidos. Também estão previstas execuções de peças de Tchaikovsky e Haydn, entre outros compositores; oficinas com professores especializados em instrumentos de sopro, percussão e regência, denominadas master class; workshops e mesa-redonda.

Tiros de canhão

O encerramento do encontro será em grande estilo, com a apresentação da peça 1812, de Tchaikovsky, na Praça de Serviços. O recital, executado por sete orquestras e bandas sinfônicas, será marcado por uma curiosidade: uma salva de 17 tiros de canhão ao final do número. Os disparos constam da partitura da peça, que foi composta para comemorar a derrota do imperador francês Napoleão Bonaparte na sua incursão pela Rússia, em 1812. O artefato bélico será emprestado pelo Exército.