Pierre
Lévy analisa evolução
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Na sua conferência, o filósofo francês discorreu sobre o que considera as três esferas de evolução da vida, sendo duas orgânicas. A primeira, segundo ele, é digital, pois não existe analogia entre o DNA e o corpo que será formado. A segunda etapa diz respeito à combinação entre os neurônios e também é baseado em um código digital, que mescla "elementos simbólicos para produzir um universo de formas visuais, cores, sensações de tato, etc". Já a terceira esfera é cultural e o seu código digital é a linguagem, pois os fonemas não têm relação analógica. "A linguagem possui mecanismos auto-reprodutivos das formas culturais, como a escrita - responsável pela memória da linguagem -, o alfabeto, que universalizou a escrita, e a imprensa, que possui o mecanismo mais eficiente de auto-reprodução".
Inteligência coletiva Depois da imprensa, a próxima etapa do processo de evolução da linguagem é, segundo o filósofo, o ciberespaço, definido como a universalização do aqui e do agora. "Um texto ou uma música a que tenho acesso na Internet pode estar em qualquer lugar do mundo naquele exato momento", exemplifica. O software, segundo Lévy, seria a capacidade de ação autônoma da linguagem no ciberespaço, pois trata-se de uma escrita independente que pode se reproduzir, tal como os vírus que se espalham pela rede mundial de computadores. A inteligência coletiva, diz o filósofo, é a marca do processo evolutivo. "Estamos no início desta etapa, que será baseada em um mundo em que ninguém tem idéias sozinho. Paradoxalmente, todos precisam ser originais, aprender a cada momento e saber o conhecimento que está sendo produzido pelos outros", explica Lévy. Uma das conseqüências deste estágio é a formação de uma comunidade virtual, em que qualquer um pode se comunicar com o outro. "Com isto, ciência e democracia, que se baseiam em diálogos, estão se fundindo rapidamente", acrescenta. "A linguagem está se transformando rapidamente. Softwares, mecanismos de busca da Internet e novas tecnologias estão alterando as idéias coletivas. Diante disso, é preciso pensar o que queremos, qual rumo seguir. Estamos cada vez mais livres, porém, mais responsáveis", conclui.
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Governo
suspende pagamento de precatórios
A UFMG, por sua vez, entrou em contato com o Ministério da Educação, no mês passado, pedindo esclarecimentos sobre a questão. A Consultoria Jurídica do MEC respondeu que a demora na liberação dos recursos para pagamento dos títulos se deve ao fato de a Advocacia Geral da União (AGU) estar revisando alguns precatórios. "Na verdade, a AGU está conferindo os cálculos de 13 títulos, cujos valores mínimos são superiores a R$ 800 mil cada um, o que acaba emperrando a quitação dos demais. Juridicamente, este não é um instrumento legal para suspender o pagamento dos títulos", explica a Procuradora Geral da Universidade, Vanessa Oliveira Batista. No total, o Governo Federal deve R$ 27.785.283,62, divididos em 106 precatórios, a cerca de 2.500 servidores da Universidade. Esses títulos - que são emitidos pela União para quitar débitos judiciais - são oriundos de ações que se iniciaram, em sua maioria, no início da década de 90. Deste total, 62 ações tramitaram na Justiça do Trabalho, e 44 referem-se a perdas financeiras decorrentes dos planos econômicos. |