UFMG cria dois novos cursos e
amplia vagas na graduação

Instituição melhora aproveitamento de laboratórios, salas de aula e corpo docente

 

om a criação dos cursos de Ciências Atuariais e de Engenharia de Produção, somada ao turno noturno de Engenharia Mecânica e à ampliação do curso de Física Diurno, a UFMG abriu mais 185 vagas na graduação. Essa é a principal novidade da edição 2001 do Vestibular, que oferece 4.362 vagas distribuídas em 44 cursos.

Segundo a pró-reitora adjunta de Graduação, Adriana Valadão, para decidir sobre a instalação de cursos novos é necessário avaliar não só as demandas do mercado, mas também a capacidade instalada da Universidade. "Assim, é possível otimizar recursos, com o aproveitamento de laboratórios, salas de aula e docentes", explica a professora, ao informar que, para a criação das novas vagas, serão contratados apenas três docentes – todos para o curso de Ciências Atuariais.

A partir do primeiro semestre de 2001, a UFMG terá seu 12º curso funcionando no período noturno. Trata-se de Engenharia Mecânica, que oferecerá 80 vagas à noite – igual número será oferecido no período diurno. Ambos terão duas entradas. A utilização da estrutura já montada permitirá que o curso funcione sem a contratação de novos docentes. Além disso, a versão diurna do curso de Física aumentará suas vagas de 30 para 50.

A ampliação do seu processo de descentralização é outra novidade do Vestibular 2001. As provas da primeira etapa serão realizadas em Barbacena, Belo Horizonte, Contagem, Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Lavras, Montes Claros, Ponte Nova, Pouso Alegre, Sete Lagoas e Uberaba. O Manual do Candidato poderá ser adquirido nas agências dos Correios, a partir de 21 de agosto, por R$ 14. As inscrições também serão recebidas nas principais agências dos Correios do estado, onde também poderá ser efetuado o pagamento da taxa, no valor de R$ 71. Em outros estados, as inscrições serão recebidas nas agências centrais dos Correios de Brasília (DF), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

A primeira etapa ocorre nos dias 9 e 10 dezembro. Já a segunda etapa, marcada para o período de 8 a 11 de janeiro, só será realizada em BH, Governador Valadares, Montes Claros, Pouso Alegre e Uberaba. Os candidatos classificados para esta etapa que concorrem aos cursos de Música, Artes Cênicas e Belas-Artes e os que fizerem provas em Barbacena, Contagem, Divinópolis, Ipatinga, Lavras, Ponte Nova e Sete Lagoas prestarão os últimos exames na capital mineira.

 

Evolução do número de candidatos e vagas nos últimos concursos

 

 
1997
1998
1999
2000
2001
Candidatos
45.994
51.073
61.749
77.702
95.000*
Vagas
3.801
3.877
4.017
4.177
4.362

*Estimativa
Fonte: Copeve

         

 

Ciências Atuariais é ramo em expansão

Com 25 vagas anuais, com entrada no primeiro semestre do ano e duração de oito períodos, o curso de Ciências Atuariais funcionará no Instituto de Ciências Exatas (ICEx), utilizando a infra-estrutura e o corpo docente dos departamentos de Estatística (ICEx) e Demografia (Faculdade de Ciências Econômicas).

O curso forma profissionais que atuam na área de seguros e previdência pública ou privada. Avalia planos e calcula prêmios de benefícios e seguros, acompanha contratos de apólices, além de assessorar empresas seguradoras e órgãos governamentais em questões ligadas a planos previdenciários e de seguros em geral. "O campo profissional é muito amplo e com grande tendência à expansão", assegura o parecer de criação do curso, aprovado pela Câmara de Graduação no início de junho. Para atender a este perfil, é preciso ter formação nas áreas de Estatística, Demografia, Matemática, Informática, Direito, Economia, Contabilidade e Administração, nas quais a UFMG tem competência instalada. A profissão de atuário é regulamentada desde 1970.

 

Engenheiro de produção exerce papel estratégico

A Escola de Engenharia abrigará o curso de Engenharia de Produção, que terá 80 vagas anuais, com duas entradas. Até o semestre passado, Produção era uma das ênfases do curso de graduação em Engenharia Mecânica e tinha por objetivo completar a formação técnica básica do engenheiro mecânico, com conhecimentos de administração e economia, de modo a capacitá-lo para organizar e dirigir uma unidade gerencial em seus vários aspectos.

A instalação de um curso de graduação específico surge diante da constatação de que há um grande potencial no mercado de trabalho para o engenheiro de produção em Minas Gerais, devido ao seu papel estratégico no aumento da competitividade industrial. A demanda vem, sobretudo, da indústria automotiva, da construção civil e dos processos contínuos em geral, como mineração, siderurgia, cimento e química.