Asilos tendem a substituir família no cuidado a idosos Dissertação analisa influência das mudanças sociais no amparo à terceira idade
|
Nascimento acredita que o momento atual é de transição na forma de cuidar do idoso, dentro e fora da família. A mudança deve-se à redução do tamanho dos grupos familiares e ao fato de que a mulher, tradicional cuidadora das crianças e dos idosos, tem cada vez menos tempo para cumprir tal tarefa. "Novos atores tenderão a surgir", afirma Nascimento, referindo-se, por exemplo, a instituições de melhor qualidade, sem a conotação negativa que os asilos apresentam hoje.
Alternativas Marcos Nascimento critica a política nacional do idoso que, na sua opinião, transfere excessiva responsabilidade para a família. "O Estado ainda não percebe que a família e a sociedade estão se transformando e que as instituições de apoio já existentes, como hospitais-dia, casas de repouso e clubes de terceira idade, são muito caros e inacessíveis à maior parte da população", afirma. Embora a tarefa de cuidar das pessoas de terceira idade ainda seja da família, o pesquisador defende a criação de alternativas públicas e sociais "criativas e de qualidade" para enfrentar o envelhecimento da população. Nascimento acredita que as gerações futuras já não verão mais os asilos como sinônimo de abandono e hospitalização. Em seu
trabalho, Marcos Nascimento Nascimento constatou que os grupos de terceira idade recriam e revitalizam os laços de sociabilidade, por isso, sua criação e manutenção devem ser estimuladas, através de suporte institucional. "Além disso, tais grupos devem buscar incorporar cada vez mais o homem idoso, já que se compõem principalmente de mulheres", acrescenta o pesquisador. Dissertação:
Expectativas e realidades de mulheres idosas quanto ao suporte familiar:
uma reflexão socio-demográfica |