Busca no site da UFMG




Nº 1311 - Ano 27 - 28.03.2001

Jardineiros do campus

ganham novo vestiário

Letícia Orlandi

m março, começou a funcionar o novo vestiário dos jardineiros do Setor de Áreas Verdes, no horto do campus Pampulha. De autoria do arquiteto Eduardo Fajardo Soares, do Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO), o projeto foi executado com sobras de material, como telhas do antigo prédio da Imprensa Universitária e cerâmicas do Centro Esportivo Universitário.

A nova instalação conta com instalações sanitárias, local para troca de roupa e banho; uma garagem para guardar os tratores e carros e um espaço para alojar ferramentas e fazer pequenos reparos nos veículos. Já a área externa dos vestiários passou a contar com jardins projetados em conjunto com o chefe do setor de Áreas Verdes, Geraldo Lúcio de Oliveira Motta. Segundo Fajardo, as condições do antigo prédio eram precárias - tanto em termos de higiene quanto de conservação - para atender aos mais de 60 jardineiros.

O novo vestiário é mais um exemplo do trabalho de Eduardo Fajardo voltado para a valorização das pequenas obras do campus Pampulha. Para ele, o valor arquitetônico dos prédios de menor porte e de caráter administrativo nem sempre é reconhecido. "Mesmo que os materiais utilizados não sejam extremamente sofisticados, o produto final não deixa de ser um objeto de arquitetura", afirma Fajardo.

Energia solar

Segundo o arquiteto, o vestiário dos jardineiros é a primeira edificação do campus a adotar um sistema de aquecimento de água através de energia solar, instalado em parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). "Embora o custo inicial seja alto, o que, muitas vezes, desestimula o uso dessa fonte de energia, a economia final é muito grande", explica o arquiteto.

Fajardo defende que uma obra funcional e esteticamente bem cuidada não precisa ser cara. Seu projeto realça certos elementos construtivos, como a caixa d'água de metal e das próprias placas coletoras de luz solar, que, normalmente, ficam escondidas em outras edificações. "Sem artifícios exagerados, o conjunto faz a diferença e a beleza arquitetônica", explica Fajardo.

 

UFMG negocia convênios com universidade italiana

ete unidades da UFMG - Faculdade de Letras, Escola de Arquitetura, Escola de Belas-Artes, Faculdade de Educação, Centro Pedagógico, Biblioteca Universitária e Museu de História Natural e Jardim Botânico - poderão participar de um amplo convênio de cooperação científica que está sendo negociado entre a instituição e a Universitá degli Studi di Bologna. Na semana passada, o reitor Francisco César de Sá Barreto recebeu em seu gabinete uma comitiva de representantes da universidade italiana, chefiada pelo vice-reitor Roberto Grandi.

Segundo a professora Marília Matos, da Faculdade de Letras, as possibilidades de intercâmbio são grandes. "Na Fale, por exemplo, o intercâmbio de discentes e docentes poderá ser intensificado", afirma ela. O mesmo deverá ocorrer em outras áreas. Em parceria com o Centro Pedagógico, a FaE desenvolverá programas de formação de professores e criação de cursos para a Prefeitura de Bologna. Já a Escola de Belas-Artes terá acesso à tecnologia de recuperação de filmes da instituição, que já restaurou obras em toda a Europa. Outras possibilidades concretas de parceria são nas áreas de biblioteca e de edição de livros.

Os representantes da universidade italiana também conheceram o trabalho de preservação ambiental da UFMG. Eles visitaram o Museu de História Natural e Jardim Botânico e ficaram impressionados com a diversidade da fauna e flora da mata, principalmente por estar localizada numa área de grande densidade urbana.