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Nº 1346 - Ano 28 - 25.04.2002

Trabalhador da Grande BH

fica menos tempo desempregado

Pesquisa da Face estuda o desemprego em seis regiões metropolitanas

Juliano Paiva

ete meses em Belo Horizonte e em Salvador; oito em Recife; 11 em São Paulo; 13 no Rio de Janeiro e 15 em Porto Alegre. Esse é o tempo médio que o desempregado leva para conquistar uma nova posição no mercado de trabalho em cada uma das seis principais regiões metropolitanas do país. O estudo, transformado em dissertação de mestrado, foi desenvolvido pela economista Mariângela Penido junto ao programa de pós-graduação em Economia da Face.

Por trás desta boa notícia para os belo-horizontinos, emerge uma realidade desfavorável aos mineiros. Enquanto, no Rio de Janeiro e em São Paulo, um desempregado estudou, em média, 8,64 e 8,37 anos, respectivamente, na Grande Belo Horizonte, a média de estudo do trabalhador é de 7,68 anos. "Uma pessoa mais instruída é também mais exigente em relação ao emprego. Por isso, gasta mais tempo para conseguir uma nova colocação", explica a economista. Já os desempregados das regiões metropolitanas de Salvador e de Recife levam cerca de sete e oito meses, respectivamente, para voltarem a trabalhar. Na Grande Porto Alegre, este tempo é maior: 15 meses. Mariângela Penido baseou-se em dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), apurados em 1999 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mulheres e filhos

Mariângela Penido também concluiu que os chefes de família têm mais chances de voltarem a trabalhar que os seus dependentes. Isso porque os primeiros são mais efetivos na busca de um novo trabalho _ fazem disso uma tarefa diária e, em alguns casos, "agarram" a primeira oportunidade que aparece. As mulheres também estão mais sujeitas à condição de desempregadas. Em geral, sua expectativa salarial é maior que a dos seus companheiros. "Elas desejam receber o suficiente para compensar a sua saída de casa", argumenta Mariângela Penido.

O estudo constatou ainda que as pessoas que procuram emprego há mais de um ano tendem a ter mais dificuldades para conseguir um novo trabalho. "Elas ficam estigmatizadas por estarem tanto tempo afastadas do mercado", justifica a economista, lembrando que essa condição é sempre questionada pelo empregador durante um processo seletivo.

Dissertação: Duração do desemprego no Brasil Metropolitano

Autora: Mariângela Rangel Jacques Penido

Data da defesa: 22 de abril

Unidade: Face/UFMG

Orientadora: professora Ana Flávia Machado

 


Odonto oferece serviço de radiologia para comunidade acadêmica

pesar de ter capacidade para receber, pelo menos, 60 pacientes por dia, o Centro de Radiologia da Faculdade de Odontologia não tem atendido mais do que 30 pessoas diariamente. O fato de o Centro estar operando aquém de sua capacidade máxima é atribuído à mudança para o campus Pampulha junto com a própria Faculdade, há pouco mais de um ano. "Poucas pessoas sabem da existência deste serviço aqui no campus. Esperamos que a situação mude com a divulgação boca a boca e com alguns convênios que tentaremos firmar", afirma a professora Addah Regina da Silva Freire, coordenadora do Centro. Por enquanto, o único convênio em vigor é com a Assufemg.

A mudança para o campus é vista, no entanto, com bons olhos pela professora. "No novo prédio da Odonto, o Centro de Radiologia ganhou sete salas para instalar seus aparelhos", conta. Há mais de 15 anos o Centro oferece serviços de Raios-X à comunidade. São realizadas radiografias intrabucais e extrabucais de indicação odontológica, entregues na hora, com custos para o paciente até 50% mais baixos que os de mercado. Os atendimentos são feitos por ordem de chegada.

A sofisticada infra-estrutura do Centro foi montada graças a financiamentos a projetos encaminhados pela Universidade e através de doações de empresas que fabricam ou comercializam os equipamentos. Além da professora Addah Freire, trabalham no Centro mais três professores, dois técnicos e dez estagiários. Os últimos são alunos da graduação, principalmente do 4º período, que atuam sob a supervisão de um professor ou técnico.

Doutora em radiologia pela Unicamp, Addah Freire explica que o dinheiro recebido pelo serviço é revertido em investimentos no próprio Centro. "Nosso objetivo não é ganhar dinheiro, mas aliar a prestação de serviço à comunidade ao aprendizado dos alunos", conclui.

Centro de Radiologia

Local: Faculdade de Odontologia - campus Pampulha

Horário de atendimento: 8h às 12h e de 13h30 às 17h (2ª a 6ª feira)

Telefone: 3499-2489