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Odonto comprova eficácia da própolis
no combate à candidíase oral
Fungos foram coletados em portadores do vírus HIV
Maurício Guilherme Silva Júnior
ara
se protegerem, as abelhas produzem uma resina, totalmente
estéril, capaz de mumificar diversos tipos de microrganismos. Encontrada
na parede das colméias, a própolis tem sido intensamente pesquisada
em todo o mundo, desde a década de 60, devido às suas características
antibióticas. Estudo recente do laboratório de Microbiologia
da Faculdade de Odontologia da UFMG, coordenado pelo professor Vagner Santos
(foto), vice-diretor da Unidade, é o primeiro a mostrar, através
de experiência in vitro, a eficiência da resina no combate à
Candida albicans, causadora da micose conhecida como candidíase. Comparado
a seis diferentes tipos de antifúngicos, comumente utilizados para
barrar a atuação da Candida, o extrato de própolis mostrou-se
bem mais eficaz.
"A própolis apresentou, in vitro, grande eficácia no ataque à Candida albicans. Além disso, foi menor a resistência do microrganismo à substância, se comparada aos antifúngicos", explica Vagner Santos. Divulgada na edição de julho da publicação científica japonesa Journal of oral science, a pesquisa busca aumentar a eficácia no tratamento da candidíase oral, que afeta a maior parte dos pacientes com imunodeficiência. Os bons resultados da pesquisa in vitro animaram os pesquisadores da Faculdade de Odontologia, que começarão em breve o estudo in vivo. Portadores do HIV que sofrem de candidíase oral receberão tratamento à base de própolis. "Se os resultados forem bons, poderemos recorrer ao Ministério da Saúde. Além de ser um medicamento natural, a própolis é muito mais barata do que os antifúngicos", ressalta o professor.
Outras pesquisas
A pesquisa realizada com os fungos coletados em portadores do HIV é
apenas um dos estudos da Faculdade de Odontologia sobre a ação
da própolis. Há alguns anos, os pesquisadores buscam desvendar
os efeitos da resina sobre vários tipos de microrganismos. Além
da Candida albicans, eles investigam a ação da substância
sobre a Microbacterium tubersulosis, presente na tuberculose, sobre o Streptococcus
mutans, causador da cárie, sobre o Actinobacillus actinomycetemco mitans,
que gera problemas periodontais, e sobre o Staphylococcus aureus, responsável
pelo aparecimento de abscessos.
Outra vertente de trabalho tenta descobrir a melhor maneira de extrair a própolis sem prejudicar seus principais componentes: ceras, sais minerais, vitamina C e, principalmente, flavonóides, responsáveis pela ação antibactericida. As formas de extração utilizados até hoje ainda não apresentam resultados satisfatórios. No processo de fervura em água, por exemplo, os flavonóides, principais antibióticos, não são extraídos junto à resina. O produto coletado através do método alcoólico, em que há emprego do etanol, pode causar ressecamento das mucosas de alguns pacientes.
Para desenvolver as pesquisas, a Faculdade de Odontologia é parceira de entidades como a Fapemig, Biobrás, a paulista Cecom, e a Néctar Farmacêutica. Através de técnicas de cromatografia, a ciência busca traçar o perfil ideal para utilização da própolis. "Temos que investir muito no estudo da própolis. Ela é um antibiótico potente", ressalta Vagner Santos.
UFMG lança catálogo do 33º Festival de Inverno
om a presença de artistas, professores, jornalistas,
dirigentes da UFMG e de Diamantina, o catálogo do 33º Festival
de Inverno foi lançado na quarta-feira, dia 23, em Diamantina. Explorando
o tema Arte, Meio Ambiente e Turismo Cultural, eixo do Festival em 2001, a
publicação traz o registro de 120 oficinas e atividades culturais,
além de impressões de artistas e professores sobre o evento,
através de ensaios fotográficos e textos especiais.
Segundo o professor Fabrício Fernandino, coordenador-geral do Festival,
o catálogo, além de resguardar a memória do evento, conseguiu
propor o debate de idéias e conceitos, através dos conteúdos
veiculados e do seu arrojado projeto gráfico. "O próprio
catálogo é uma publicação de arte, uma peça
contemporânea que sinaliza tendências universais através
de recorrências regionais", afirma Fernandino.
Impressa em policromia e com formato horizontal, a publicação privilegia imagens panorâmicas da região e utiliza com destaque a cor cobre, referência aos tons minerais do Vale do Jequitinhonha. Os ensaios fotográficos foram assinados pelos mineiros Miguel Aun e Cuia Guimarães e pela dinamarquesa Vibeke Sorensen. Com tiragem de mil exemplares, o catálogo tem projeto gráfico dos artistas plásticos Marconi Drummond e Marcelo Drummond, com coordenação editorial de Fabrício Fernandino e da jornalista Ana Maria Vieira.