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Nº 1393 - Ano 29 - 24.04.2003

UFMG recebe mais equipamentos do Programa de modernização do MEC

Curso de Comunicação Social é o principal beneficiado da leva mais recente

Pedro Marra

 

âmeras de vídeo digitais, mesas e gravadores de som idênticos aos utilizados nos melhores estúdios, além de ilhas de edição de vídeo e aparelhos de data-show. Estes são alguns dos equipamentos que integram os lotes de máquinas que chegaram à UFMG, nos meses de fevereiro e março. A compra dos equipamentos, realizada pelo Ministério da Educação, integra o Programa de modernização e consolidação da infra-estrutura acadêmica das Ifes e HUs", cuja coordenação, na UFMG, está a cargo da Pró-Reitoria de Graduação.

O maior beneficiado pelo lote mais recente do programa foi o curso de Comunicação Social, que recebeu, entre outros equipamentos, câmeras de vídeo e fotografia, ilhas de edição de vídeo e equipamento de captação de áudio. Para a coordenadora do colegiado de graduação do curso, professora Carmen Dulce Diniz, a chegada dos equipamentos representará um grande salto de qualidade na produção: "Não fazemos um curso só com equipamentos, mas estes que chegaram agora permitirão que os alunos experimentem as linguagens audiovisuais".

Embora grande parte dos equipamentos já tenha chegado, eles ainda não estão disponíveis para uso dos alunos, pois não foram instalados. As ilhas de edição, por exemplo, necessitam de salas com ar-condicionado, para que seu funcionamento não seja comprometido. "As reformas necessárias para instalação dos equipamentos já foram encaminhadas ao Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO). Tudo funcionará perfeitamente, depois que os nossos novos estúdios de TV e Rádio estiverem prontos", esclarece a chefe do departamento de Comunicação, professora Maria Beatriz Bretas.

Além dos equipamentos de áudio e vídeo, outros cursos e unidades da UFMG receberam mesas de som, aparelhos de data-show e retroprojetores. "Cada curso recebeu, pelo menos, um data-show e um retroprojetor. E todas as unidades ganharam um lote completo para sonorização de seus auditórios", garante a pró-reitora de Graduação Cristina Augustin. Foram suprimidos quase todos os televisores pedidos no projeto inicial, por motivos não especificados pelo Ministério da Educação. "Provavelmente, o MEC avalia que os recursos multimídia substituem muito bem as TVs", opina a pró-reitora.

Melhoria do ensino

O Programa de modernização e consolidação da infra-estrutura acadêmica das Ifes e HUs foi instituído pelo Ministério da Educação em 1996, com o objetivo de melhorar a qualidade instrumental do ensino nas universidades federais, em especial as práticas laboratoriais e dos Hospitais Universitários.

A UFMG foi a segunda universidade a receber mais recursos dentre as 52 Ifes: R$ 12 milhões. Os lotes começaram a chegar em 2000, quando a Universidade recebeu equipamentos para seus laboratórios de pesquisa. Na ocasião, foram beneficiados os cursos de Química, Física, engenharias Química e de Minas.

O grande intervalo entre o início do programa e a chegada dos primeiros equipamentos - cerca de quatro anos - é creditado à lentidão na abertura dos editais. Os cursos encaminhavam projetos com as demandas, e, posteriormente, os recursos eram disponibilizados mediante editais internacionais, o que geralmente implicava maior tempo de negociação. "A vantagem do programa reside no fato de que os editais exigem que os equipamentos sejam os mais modernos à disposição, de acordo com as especificações do projeto, na época da efetuação da compra. Isso supre a defasagem entre a época em que foram pedidos e a em que efetivamente chegam", explica Cristina Augustin.

Os lotes só podem ser abertos e estruturados por técnicos das companhias que os produzem. "Procedemos dessa forma por causa da garantia. São equipamentos caros, alguns necessitam de salas com acondicionamento especial. Caso haja algum problema, podemos trocá-los. Há muitas unidades que foram prejudicadas por não cumprir estas normas", argumenta a pró-reitora de Graduação. Além disso, os cursos não podem trocar equipamentos sem o conhecimento da coordenação do programa, a cargo da pró-reitora adjunta, professora Elizabeth Spangler Moreira, e dos funcionários Sônia Betânia e Márcio Alves. O Ministério da Educação avalia periodicamente a utilização dos equipamentos, processo que inclui visitas aos cursos.