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Nº 1406 - Ano 29 - 28.08.2003


Cabeça de 40 com corpinho de 25

Ciência da Computação chega ao jubileu de prata unindo maturidade e juventude

Murilo Gontijo

 

om apenas 25 anos, ele alcançou posição de destaque em praticamente todas as avaliações e em quaisquer quesitos. Ao completar suas bodas de prata, no dia 22 de agosto, o bacharelado em Ciência da Computação da UFMG é figura de proa entre os cursos da área no Brasil. É simples o segredo para tornar-se referência nacional tão rapidamente. Com a receita (ou seria software?), o chefe do departamento, professor Virgílio Almeida: "Muito trabalho e aprimoramentos contínuos; incentivo à produção científica; e integração entre pós-graduação e graduação".

Como condição para manter a excelência, a Ciência da Computação, que, ao final de 2003, atingirá a marca de 988 bacharéis, há muitos anos só contrata docentes com o título de doutor no currículo. Hoje, dos 37 professores, 30 são doutores, e sete, mestres.

Os alunos integram programas de iniciação científica e podem também participar de atividades relacionadas ao meio empresarial, através de projetos de extensão e aprimoramento tecnológico. O resultado mais uma vez é o reconhecimento nacional, que chega na forma de premiações em concursos brasileiros de iniciação científica, como o da Sociedade Brasileira de Computação. "Todos os anos nossos estudantes alcançam lugar de destaque em concursos", comemora o chefe do departamento. Segundo ele, o aluno da Ciência da Computação, por conta de sua qualificação, normalmente é disputado pelo mercado de trabalho. Durante o curso, os estudantes desenvolvem capacidade crítica e analítica. Adquirem sólida formação em matemática e em fundamentos de computação, o que cria para eles facilidades para mergulhos em novas tecnologias.

De olho no futuro, o departamento estuda reformulações no currículo para deixá-lo afinado com os desafios do novo século e aproximá-lo de outros campos do conhecimento. "Vamos abrir o leque da formação do nosso alunado", explica Virgílio. Ele diz que a grade curricular a ser implantada exigirá do futuro calouro um conjunto de disciplinas fora da Ciência da Computação, como nas engenharias ou em bioinformática. "Obrigatoriamente, ele deverá cursar, por exemplo, duas matérias em áreas diferentes das exatas", antecipa. Além de melhorar a formação do aluno, isso pode ser fundamental para a ampliação do seu campo profissional. A computação convive de perto com diversas outras áreas, e, de acordo com o chefe do departamento, é preciso estar atento a isso para oferecer formação em novas profissões que surgirão a partir das bases tecnológicas: "Um exemplo é o lazer computacional, que reúne artes, comunicação e, claro, computação".

Instalações

Abrigado no Instituto de Ciências Exatas (ICEx), o curso de Ciência da Computação conta com excelentes instalações, comparáveis às de países com informática desenvolvida, segundo Virgílio Almeida. No departamento estão instalados cerca de 400 computadores, que podem acessar a Internet a uma velocidade de 70 megabits por segundo. "Nesse momento, estamos instalando uma tecnologia que permitirá contactar a Internet sem fio em qualquer ponto do prédio onde funcionamos", antecipa o professor. A nova tecnologia, que transfere dados por antenas, permitirá, por exemplo, que o aluno navegue pela rede no jardim do ICEx.


Quarteirão 7 terá novo sentido de circulação

m dos pontos de maior fluxo de veículos no campus Pampulha, o Quarteirão 7, (que circunda os prédios da Biblioteca Central, ICB, ICEx e Praça de Serviços), muda, em setembro, seu sentido de circulação. Todos os veículos passarão a trafegar pelo local em mão única, no sentido anti-horário. Assim, o motorista que deixar o ICB em direção ao ICEx terá que, obrigatoriamente, subir a rua Professor Baeta Viana, virar à esquerda na rotatória, passar em frente ao Restaurante Setorial até chegar ao destino final (observe mapa abaixo).

Segundo o engenheiro Francisco Diniz Alves, diretor do Departamento de Planejamento Físico e Obras (DPFO), a circulação diária no campus é de cerca de 13 mil veículos, sendo que o quarteirão 7 é uma das áreas de maior tráfego. "Acidentes, desentendimentos entre motoristas e problemas de fluxo de tráfego são comuns no local", afirma Francisco Diniz.

As obras viárias, que começam em setembro, prevêem mudança de rotatórias, construção de rampas de acesso para deficientes físicos e troca de sinalização. As obras preservarão todas as 300 vagas de estacionamento. O custo previsto é de cerca de R$ 250 mil.

Para manter a comunidade universitária ciente das mudanças, a UFMG distribuirá panfletos informativos e sacolas de lixo para automóveis com o novo mapa de circulação no campus. Tão logo as obras comecem, faixas serão espalhados pelas ruas e avenidas da cidade universitária, e fiscais de trânsito estarão disponíveis para orientar motoristas.