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Nº 1430 - Ano 30 - 18.3.2004

Parcerias garantem recursos para projetos especiais

UFMG já captou R$ 9,42 milhões junto à bancada mineira no Congresso; R$ 6,7 milhões foram liberados

Maurício Guilherme Silva Jr.

omentos de crise econômica não impedem a UFMG de procurar recursos para investir em projetos especiais. Desde 1999, a Diretoria de Cooperação Institucional (Copi) busca estreitar os laços da Universidade com o Congresso Nacional. Além de fortalecer a imagem da Instituição junto ao Poder Legislativo, as ações culminaram na captação de R$ 9,42 milhões, fruto de emendas apresentadas por parlamentares da bancada mineira ao Orçamento Geral da União, no período de 2000 a 2004.

Desse total, R$ 6,7 milhões - referentes aos orçamentos de 2000, 2001, 2002 e 2003 - já foram liberados, sendo R$ 4,88 milhões aplicados na revitalização do Hospital Borges da Costa. Outros R$ 1,42 milhão, resultantes de emenda coletiva apresentada em 2002, foram empregados em projetos de prevenção a incêndios. Os parlamentares também destinaram R$ 400 mil ao Instituto Casa da Glória, em Diamantina, ao Palacinho do Museu de História Natural e Jardim Botânico, à Biblioteca do Núcleo de Ciências Agrárias, em Montes Claros, ao Projeto Manuelzão e ao Laboratório de Controle da Qualidade do Leite, da Escola de Veterinária.

Orçamento de 2004

Os outros R$ 2,72 milhões referem-se ao orçamento de 2004 e ainda não foram liberados. Esse valor é resultado da apresentação de emendas por 12 parlamentares mineiros (leia quadro), no valor de R$ 1,72 milhão, e de uma emenda de bancada, estimada em R$ 1 milhão.

Os deputados e senadores também buscam destinar recursos para vários programas acadêmicos da UFMG, como o Núcleo de Estudos do Trabalho Humano (Nesth), da Fafich, o curso de Turismo, do IGC, e o Centro de Estudos do Esporte para Pessoas Portadoras de Deficiência, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional."O verbo que mais utilizamos é `articulação'. Buscar parcerias e cooperação significa lidar diretamente com a questão da qualidade", ressalta a professora Maria Cecilia Diniz Nogueira, diretora de Cooperação Institucional da Universidade.

Oportunidades

Além do universo político, a UFMG, através da Copi, aproximou-se também do mundo dos negócios. Hoje, a Universidade possui assento no Conselho de Cidadania Empresarial e no Programa Voluntários das Gerais, ligado à Federação das Indús-trias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Segundo a professora Cecilia Nogueira, a Copi segue três diferentes eixos de atuação. O primeiro baseia-se na captação de recursos junto ao Congresso Na-cional, ação desenvolvida conjuntamente pelas 14 instituições públicas de ensino superior do Estado. Tal eixo de atuação foi responsável, em 2002, pela captação de recursos que chegaram a 10% do orçamento recebido pela UFMG naquele ano. "Conseguimos desenvolver uma tradição de investimentos viabilizados por emendas coletivas e individuais. O apoio de deputados e senadores tem sido permanente", afirma a diretora da Copi.

O segundo eixo seguido pela Diretoria de Cooperação Institucional diz respeito à identificação de demandas nas unidades e a conseqüente busca de prováveis oportunidades externas. Exemplo já concretizado é o do Laboratório de Controle da Qualidade do Leite, instalado na Escola de Veterinária. Uma das negociações em curso é a que busca trazer o Centro de Treinamento Olímpico para o campus Pampulha.

O terceiro eixo de atuação da Copi relaciona-se aos chamados contatos estratégicos. Através de iniciativas como o Projeto Sempre UFMG, cuja meta é aproximar a Universidade de seus ex-alunos, a Diretoria de Cooperação Institucional busca novas parcerias. "É preciso pavimentar relações que têm desdobramentos importantes para a Universidade e para a sociedade", explica a professora, para quem os contatos empresariais, por exemplo, abrem caminhos que possibilitam à Instituição atuar melhor junto ao mercado de trabalho.

Uma das próximas iniciativas da Diretoria será a montagem de um banco de competências e oportunidades, concebido pela própria professora Cecilia Nogueira, através da Escola de Ciência da Informação, e desenvolvido pelos profissionais do Laboratório de Computação Científica (LCC), que elaborou o Projeto Grude, ferramenta de tecnologia da informação utilizada na UFMG. "O banco vai favorecer a inserção acadêmica e profissional de alunos e ex-alunos da Universidade junto a empresas, instituições públicas e organizações do terceiro setor e tem potencial, inclusive, para se transformar numa fonte de captação de recursos", conclui a professora. O programa-piloto do banco será implementado no final deste primeiro semestre, nas escolas de Engenharia e de Ciência da Informação.

Parlamentares que apresentaram emendas favoráveis à UFMG no Orçamento 2004

Deputados

Paulo Delgado
Isaías Silvestre
Leonardo Mattos
Ronaldo Vasconcellos
Carlos Mota
Sérgio Miranda
Maria do Carmo Lara
Patrus Ananias
Saraiva Felipe
Athos Avelino
César Medeiros

Senador

Hélio Costa