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Nº 1664 - Ano 35
24.8.2009

Com cara de Reuni

Plano de ampliação na UFMG ganha forma com obras físicas

Itamar Rigueira Jr.

Começa a ganhar corpo na UFMG a infraestrutura que lhe permitirá abrir 2.101 vagas na graduação até 2011 – 650 no próximo Vestibular. Interrompidas em março, em função de ajustes no projeto, as obras do Centro de Atividades Didáticas de Ciências da Natureza (CAD1), em frente ao ICB, foram retomadas no final do primeiro semestre. A construção deve ficar pronta em dezembro de 2010.

O CAD2, de Ciências Humanas, que será erguido nas imediações da Faculdade de Letras (Fale), teve seus projetos finalizados em julho e o canteiro de obras já começou a ser implantado. O prédio será concluído em janeiro de 2011. O CAD3, de Ciências Exatas, que será construído em frente ao ICEx, tem projetos arquitetônicos prontos, enquanto os complementares (elétrico, hidráulico etc.) estão sendo contratados. As obras devem começar em julho de 2010 e terão duração de 18 meses.

Além dos três CADs, espinha dorsal da infraestrutura preparada para sustentar a expansão, outras intervenções estão previstas para diversas unidades acadêmicas. A intenção é promover ampliações na Escola de Belas-Artes, FaE, ICEx, IGC e Música. Estão previstas ainda reformas na Escola de Ciência da Informação, Educação Física, Fafich, Fale, Farmácia, Veterinária, ICB, Medicina, Enfermagem e Arquitetura. Para a ampliação do Instituto de Ciências Agrárias, em Montes Claros, a UFMG está negociando a compra de prédios vizinhos, que atenderiam à demanda por espaço adicional.

O elevado volume de projetos a serem gerenciados e executados é a causa de alguns atrasos no projeto, explica o pró-reitor de Planejamento, José Nagib Cotrim Árabe. “A universidade tem encontrado, inclusive, dificuldades para contratar operários, já que, mesmo com a crise, o mercado de construção civil em Belo Horizonte continua aquecido”, analisa.

Mais recursos

Para incrementar sua infraestrutura, a Universidade tem assegurados cerca de R$ 73 milhões, valor que não será suficiente para cobrir todas as intervenções necessárias. A UFMG e as outras federais já estão negociando com o MEC a complementação de verbas. Se os recursos não cobrirem todos os projetos de novas construções, ampliações e reformas, os projetos poderão sofrer adaptações ou ser concluídos posteriormente, quando a Universidade dispuser de recursos. Um exemplo são os auditórios previstos para os CADs.

Além dos R$ 73 milhões direcionados à infraestrutura, a UFMG disporá de R$ 92 milhões para custeio básico e salários, totalizando R$ 165 milhões para a expansão. Segundo Nagib, os recursos de custeio para este ano estão disponíveis desde abril. Muitos cursos ainda não utilizaram totalmente suas cotas e alguns ainda não gastaram nada. “É preciso que as unidades agilizem seus processos de compras, com a aproximação do final do ano”, alerta o pró-reitor de Planejamento.

Bolsas e contratações sustentam expansão

Para fortalecer a graduação, a UFMG aposta no crescimento da pós-graduação. Este ano, já foram criadas 46 bolsas de mestrado, 40 de doutorado, além de 13 vagas para professor visitante e sete bolsas de pós-doutorado. Segundo a professora Ana Lucia Starling, coordenadora geral do Reuni-UFMG, o objetivo das bolsas de pós-graduação é incrementar a formação de equipes docentes. “Dessa forma melhoramos a qualidade do ensino de graduação – já que o pós-graduando atua mais próximo ao aluno – e treinamos os prováveis futuros professores.”

Serão criadas mais 92 bolsas em 2010, 304 em 2011 e 253 em 2012, além de 54 bolsas de pós-doutorado e 117 vagas para professores visitantes até 2012. Antes do Reuni, havia cerca de 1.500 bolsistas, o que significa que o programa vai viabilizar crescimento superior a 50%. Também até 2012, a UFMG deverá ter cerca de oito mil alunos de pós-graduação – totalizando 1800 novas matrículas nesse nível de ensino.

Pessoal

O projeto da UFMG incluiu também a liberação de 406 vagas docentes em Equivalência DE – o que representará cerca de 500 contratações, uma vez que alguns professores serão contratados nos regimes de 20 e 40 horas. O MEC já autorizou concursos para 212 vagas de professores. Alguns já foram realizados, outros estão em andamento e 75 docentes já foram nomeados.

Com relação às contratações de servidores técnicos e administrativos, o Reuni previu 623 vagas, sendo 223 para cargos de nível E (superior) e 400 para cargos de nível D e C (médio). As admissões foram escalonadas para o período de 2008 a 2011. Já foram empossados e nomeados 67 servidores de níveis E e D. A Portaria 623, do MEC, publicada em 6 de julho, autorizou o provimento, a partir de setembro, de mais 158 cargos. As nomeações dependem da realização do concurso público e homologação do resultado final.