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Nº 1674 - Ano 36
2.11.2009

Inteligência governamental

Formar massa crítica em torno dos organismos que trabalham com inteligência e informações privilegiadas e estratégicas sob a ótica do Estado é o objetivo do Centro de Estudos de Inteligência Governamental (CEIG), recém-criado na Fafich sob a coordenação da professora Priscila Brandão, do Departamento de História. O núcleo reúne pesquisadores de áreas como História, Antropologia, Ciência Política, Sociologia, Ciência da Informação, Matemática, além de profissionais ligados a defesa, segurança pública e relações exteriores.

Para Priscila Brandão, que trabalha com o assunto há cerca de 10 anos, as atividades de inteligência representam fonte de imenso poder nas mãos do Estado. “Um poder necessário, mas que deve ser obedecido considerando todas as responsabilidades que o envolvem, no sentido de proteger os direitos civis e humanos, ao mesmo tempo em que necessita atuar de forma legítima e eficaz dentro das áreas específicas”, analisa. Dessa forma, acrescenta Priscila, o grupo pretende, por meio do diálogo entre teoria e prática, construir uma nova mentalidade a respeito da atividade, em termos de valoração acadêmica, político-partidária, administrativa e profissional.

O Centro deverá abrigar palestras mensais com pesquisadores da academia ou profissionais do mercado especializados em serviços de inteligência. De acordo com Priscila Brandão, uma das frentes do grupo é a internacionalização. “O intercâmbio com universidades do exterior que desenvolvem pesquisa de excelência já ocorre, mas também buscamos o apoio de órgãos como as Nações Unidas para a possível criação de uma rede de centros de estudos de inteligência governamental na América Latina”, projeta a coordenadora.