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Nº 1691 - Ano 36
19.4.2010
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Ana Rita Araújo
Mais de cinco mil educadores e pesquisadores de todo o país e conferencistas estrangeiros estarão reunidos na UFMG, de 20 a 23 de abril, para o XV Encontro Nacional sobre Didática e Práticas de Ensino (Endipe), que abordará o tema Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: políticas e práticas educacionais.
Realizado em parceria por nove instituições de ensino superior de Minas Gerais, o evento tem por objetivo compartilhar resultados de estudos e pesquisas nos campos de didática, práticas de ensino, currículo e avaliação. Na conferência de abertura, às 19h30 do dia 20, o ministro da Educação, Fernando Haddad, abordará o tema Políticas públicas na área de educação.
Organizado em 28 subtemas, o encontro terá 90 simpósios, 600 painéis e 1.400 pôsteres. “Tivemos grande volume de trabalhos inscritos, o que demandou o envolvimento de inúmeros pareceristas ad hoc, de todas as regiões do país, e a organização de comissões científicas específicas, a partir dos subtemas”, comenta a coordenadora geral do evento, professora Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben, da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG.
Os simpósios acontecerão no período da manhã e a exposição dos painéis, à tarde. A cada dia, um convidado estrangeiro fará conferência. No dia 21, às 18h, a pesquisadora Gloria Ladson Billings, da Universidade de Wisconsin (EUA), falará sobre Formação de educadores e diversidade cultural. No dia seguinte, às 19h30, José Gimeno Sacristán, da Universidade de Valencia (Espanha), discorrerá sobre o tema Currículo: políticas e práticas contemporâneas. No dia 23, às 14h30, o reitor da Universidade de Lisboa (Portugal), Antonio Nóvoa, fará conferência a respeito das Convergências e tensões no campo da formação e trabalho docente.
Para Ângela Dalben, neste momento em que o país investe na formação de professores, um encontro com a dimensão do XV Endipe tende a se refletir na construção das políticas públicas do setor. “Este é, hoje, o maior evento acadêmico na área da educação, constituindo-se em espaço privilegiado de trocas de experiências, articulação de grupos, questionamentos, novas ideias e reflexões”, ela informa, acrescentando que foram aprovados cerca de 4.500 trabalhos, propostos por professores e alunos de pós-graduação de todo o país.
A coordenadora destaca ainda a presença de 270 pesquisadores convidados para participar dos 90 simpósios. “São autores que historicamente vêm acumulando produção acadêmica em torno da didática e da prática de ensino”, explica. A exposição de cada um desses autores será reunida em série de seis livros. Também está prevista a produção de dois CDs com os trabalhos expostos em painéis e pôsteres.
Aberto ao público, o Endipe terá atividades em todos os auditórios do campus Pampulha e em uma tenda que será montada no campo de futebol do Centro Pedagógico, ao lado da FaE. Paralelamente à programação científica, haverá apresentações culturais e feira de livros, para divulgação e comercialização da produção acadêmica e de materiais pedagógicos.
O evento ocorre a cada dois anos, organizado alternadamente por instituições de ensino superior. O XV Endipe recebeu apoio financeiro do CNPq, da Capes e das fundações de amparo à pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e de São Paulo (Fapesp). A programação completa está no site www.fae.ufmg.br/endipe/index.php.
A Faculdade de Medicina e o Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMG promovem nesta terça, 20 de abril, no Salão Nobre da unidade, mesa-redonda com o tema Influenza A H1N1: Riscos de uma nova onda.
O objetivo principal do evento, segundo os organizadores, é esclarecer sobre a situação atual da Influenza A H1N1 e sobre a eficiência da vacina.
A partir das 9h30, três professores infectologistas do Departamento de Clínica Médica vão abordar os temas Avaliação epidemiológica 2009 e riscos para 2010 (Unaí Tupinambás); Abordagem à síndrome gripal: diagnóstico clínico e laboratorial (Ênio Pietra); e Imunização: mitos e verdades (Dirceu Greco).
“O grande obstáculo encontrado pelo SUS na vacinação é o receio das pessoas quanto à segurança da vacina. Por isso é tão importante esclarecer que todos os estudos feitos até o momento mostram que ela é segura. O risco de efeitos colaterais é pequeno e, quando eles ocorrem, são muito brandos. Nossa intenção é que o público do seminário e se torne multiplicador das informações”, afirma Unaí Tupinambás.
O evento terá também a participação de representantes das secretarias municipal e estadual de Saúde e da diretoria da Faculdade de Medicina. O seminário, com início às 9h30, será gratuito e aberto ao público.