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Nº 1777 - Ano 38
28.5.2012

Próxima parada: ciência

Museu itinerante voltado para divulgação científica prepara-se para viajar pelo estado

Da redação

Aberto à visitação no campus Pampulha e prestes a iniciar uma viagem pelo estado, o Museu Itinerante Ponto UFMG é mais um trunfo com o qual a Universidade conta para popularizar a ciência entre os alunos e professores da escola de educação básica de Minas Gerais. Em seu ambiente interno, o Museu conta com cinco salas de exposições interativas – Útero, Sentidos, Submarino, Biomas e Cidades –, além de sala para projeção em 3D. Na parte externa, que compreende um palco e o entorno da carreta, são disponibilizadas dezenas de experimentos, que articulam diferentes áreas do conhecimento. O museu itinerante conta ainda com área para realização de oficinas, coordenadas por professores da UFMG. Seus ambientes totalizam 800 metros quadrados.

“O Museu Itinerante Ponto UFMG visa aproximar da sociedade o conhecimento científico produzido na universidade, voltando-se principalmente a alunos e professores da educação básica dos municípios mineiros, muitos deles carentes de materiais, laboratórios e equipamentos científicos e tecnológicos em suas escolas e excluídos do contato com tecnologias e do ensino de qualidade da ciência”, salienta a autora e coordenadora do projeto, professora Tânia Margarida Lima Costa.

Pesquisa

Aproveitando o contato com professores da educação básica do estado, a coordenação do projeto planeja realizar o estudo Pesquisa no Museu Itinerante Ponto UFMG – A cultura científica dos professores da educação básica e a criação de uma comunidade virtual de divulgação científica e ensino de ciências. O objetivo é identificar e analisar a cultura científica dos docentes à luz dos modelos de pesquisa em percepção pública da ciência. Entender como se dá o processo de compreensão desses professores e seus referenciais poderá contribuir com futuras investigações e com a elaboração de programas de divulgação científica para a formação profissional na área. Além disso, o projeto visa à construção de comunidade de prática virtual para compartilhamento e discussão de assuntos relacionados ao ensino de ciências e divulgação científica.

Viagens

Considerando a demanda de municípios que já manifestaram interesse em receber o Museu Itinerante Ponto UFMG, serão realizadas até duas viagens por mês para diferentes cidades do estado. Em cada uma delas, o “circo científico” ficará instalado por, no mínimo, quatro dias. A programação prevê exposições com experimentos interativos, oficinas com kits pedagógicos, conversas pedagógicas sobre ciência, palestras específicas com temas propostos pela cidade visitada e jornadas culturais envolvendo alunos da educação básica, professores e a comunidade em geral. Antes de seguir para o interior, o Museu permanecerá por dois meses em Belo Horizonte para visitação de estudantes de escolas da capital.

O Museu Itinerante Ponto UFMG conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), Secretaria da Educação de Minas Gerais, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

PATRIMÔNIO PROTEGIDO

Doze esculturas em madeira policromada dos municípios do Serro e de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, já começaram a ser estudadas por professores e alunos do Centro de Conservação e Restauração de Bens Móveis da Escola de Belas-Artes (EBA) da UFMG. Elas integram conjunto de 40 peças que serão restauradas no campus Pampulha como parte de convênio entre a UFMG – por meio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) – e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha).

O termo de cooperação inclui ainda capacitação de corpo técnico que atua na conservação e restauração do patrimônio mineiro, por meio de seminários, palestras e workshops, além de estágios supervisionados no Iepha para alunos da Escola de Belas-Artes. Também será criado grupo de pesquisa que discutirá parâmetros de conservação e restauração e lançado laboratório móvel de análises científicas para o diagnóstico in loco do patrimônio mineiro.

As atividades em torno das esculturas dos séculos 18 e 19 estão a cargo de alunos da disciplina Consolidação de Policromia, que trabalham com pintura de escultura. Aliando teoria e prática, eles realizam exame profundo das obras para elaborar proposta de tratamento. Duas das esculturas serão objetos de trabalhos de conclusão de curso.

“Essa parceria, que envolve obras de qualidade, é muito importante para as comunidades, que terão seu patrimônio protegido, e para o curso de Conservação e Restauração, que pode proporcionar experiência inigualável aos seus alunos”, afirma a professora Maria Regina Emery Quites, da Escola de Belas-Artes. A EBA deve receber em breve mais nove obras, algumas de Sabará, e outras 19 numa próxima etapa, ainda sem data definida.