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Nº 1778 - Ano 38
4.6.2012

Animais sob controle

Um espaço, como o campus Pampulha, que combina fragmentos de florestas, jardins e canteiros de obras é ambiente propício para aproximação de animais silvestres – gambás, micos, morcegos – e os chamados sinantrópicos – pombos, escorpiões, ratos e aranhas –, adaptados independentemente da vontade do homem e que podem provocar doenças. Desalojados de seus habitats, eles procuram comida e abrigo nas unidades, que se tornam atrativas por causa de espaços proporcionados por calhas e forros e restos de comida em depósitos de lixo, por exemplo.

“Sobretudo por desconhecimento, as pessoas não estão preparadas para lidar com a presença dos animais que visitam os prédios”, afirma a bióloga Fernanda Louro de Souza, do Departamento de Gestão Ambiental (DGA). Ela tem atendido a muitos chamados e orienta os usuários dos prédios da UFMG sobre prevenção.

Uma das demandas mais comuns é pela aplicação de venenos e praguicidas, que, de acordo com Fernanda, são recomendados apenas em casos específicos. “O controle químico tem efeito pouco duradouro. E, no caso dos escorpiões, ele não tem qualquer eficácia, apesar de existir empresas que oferecem esse tipo de medida”, informa Fernanda Louro.

Ela lembra ainda que a desinsetização expulsa esses bichos de seus esconderijos, normalmente em áreas subterrâneas, tubulações e concentrações de entulho. Mais uma contraindicação do uso de praguicidas é sua toxicidade, principalmente em caso de uso prolongado. O combate aos escorpiões pode ser feito também de forma indireta, reduzindo a presença de baratas – que lhes servem de alimento – e não eliminando as lagartixas, que comem baratas e outros insetos. Predadores dos escorpiões (quatis, macacos, lagartos etc.) também devem ser preservados.

As visitas de Fernanda Louro às unidades são geralmente feitas na companhia do arquiteto Túlio Vono Siqueira, responsável pela observação das características das instalações dos prédios que podem facilitar a entrada dos animais. A investigação dos profissionais gera um relatório com orientações. “É fundamental a mudança de hábitos e alterações na s instalações dos prédios”, recomenda a bióloga, que integra a Divisão de Gestão de Resíduos do DGA.

Cuidados

Estas são algumas orientações para evitar a presença de animais nocivos nos prédios, válidas para todos os campi da UFMG.

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