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Nº 1826 - Ano 39
24.6.2013

No escurinho da olaria

Sessões de cinema estão entre as mais recentes atrações da Estação Ecológica, que promove atividades de lazer contemplativo e educação ambiental

Matheus Espíndola

Uma antiga olaria inserida em uma das maiores áreas verdes de Belo Horizonte. Esse é o cenário cujo interior foi adaptado, no final do ano passado, para a exibição de sessões de cinema e debates em torno da temática ambiental. A atividade, gratuita e aberta ao público, é realizada na Estação Ecológica da UFMG, no campus Pampulha. Ao final de cada sessão, uma banda musical alternativa se apresenta, e o público ainda pode aproveitar o fim de noite no local.

O Cineclube Olaria foi criado com o apoio das pró-reitorias de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan), Extensão (Proex) e Administração (PRA), e funciona na penúltima quinta-feira do mês, às 19h.

Diversidade de público

Diariamente, a Estação recebe 180 estudantes – da educação básica ao ensino superior – divididos entre os turnos da manhã e tarde. Os visitantes são acompanhados por monitores bolsistas da UFMG, que os conduzem em passeios por trilhas naturais e ministram 13 oficinas, entre as quais Água; Caminhos do lixo; Energia; Leis da natureza; e Solos. “Para participar, basta que a escola entre em contato com a Estação e agende uma visita”, explica o monitor Pedro Mota, graduando de Ciências Socioambientais.

A Estação tem ainda dois outros projetos. O Holos consiste em um dia inteiro de atividades, em que os estudantes almoçam no restaurante universitário e passeiam pelo campus Pampulha e pelo Centro Esportivo Universitário (CEU). Já o Olhos de Coruja oferece caminhadas pelas trilhas durante a noite e participação em oficinas sobre morcegos e astronomia. “É importante que toda a cidade conheça e valorize a Estação Ecológica, a maior área protegida do país localizada dentro de um campus universitário, que desenvolve programas de extensão voltados para educação ambiental e popularização do conhecimento científico, além de ser uma opção de lazer contemplativo para a comunidade”, destaca o diretor, Celso D’Amato Baeta Neves, que integra a Comissão Executiva do órgão junto com os professores Bernardo Gontijo, do IGC, e Marcel Giovanni Costa, do ICB.

Formação aprimorada

Ao todo, 17 bolsistas atuam na Estação com monitoria e desenvolvimento de projetos. Os estudantes são oriundos de cursos como Biologia, Comunicação Social, Engenharias, Geografia e Turismo. Celso Baeta destaca que essa heterogeneidade disciplinar é, em grande medida, enriquecedora para os estudantes. “Dessa forma, eles compartilham diferentes olhares sobre a mesma temática, ganhando experiência e conhecimento em campos diversos”, explica. Para Baeta, a oportunidade de trabalhar com público de faixas etárias e cognitivas variadas também é fundamental para os graduandos. “Os monitores atendem crianças, adolescentes e outros alunos de ensino superior. É uma vivência fantástica, principalmente para aqueles que vão se dedicar à licenciatura”, analisa.

Mais Estação

Como a extensão contribui para a sua formação?

“Participar como bolsista de um projeto do programa Ações Afirmativas me possibilitou entrar em contato com uma temática pouco pesquisada pela geografia, a das relações étnico-raciais, às quais me levaram a refletir principalmente sobre o papel do negro na sociedade brasileira.

Glauco Antero, aluno do curso de Geografia e bolsista do Projeto Memória Institucional do Programa de Extensão Ações Afirmativas, da FaE