Professores da UFMG estão entre os cientistas brasileiros que mais influenciam políticas públicas no mundo
Por: Assessoria de Imprensa UFMG
Cinco docentes da UFMG se destacam entre os pesquisadores brasileiros mais influentes em políticas públicas no mundo, segundo análise inédita realizada pela Agência Bori em parceria com a base de dados internacional Overton. O levantamento identificou 107 cientistas nacionais com pelo menos 150 citações em documentos estratégicos, relatórios técnicos e pareceres utilizados por governos, organismos internacionais e organizações da sociedade civil entre 2019 e julho de 2025.
A UFMG se destaca com os seguintes nomes: Britaldo Soares Filho — 10º lugar no ranking nacional, com 88 artigos citados em 564 documentos de tomada de decisão; Lucas Guimarães Abreu — 14 artigos citados em 462 documentos; Deborah Carvalho Malta — 46 artigos citados em 302 documentos; Raoni Rajão — 28 artigos citados em 247 documentos; Waleska Teixeira Caiaffa — 41 artigos citados em 221 documentos.
Além disso, Britaldo Soares Filho e Raoni Rajão figuram entre os 50 pesquisadores brasileiros mais mencionados em documentos relacionados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13: Ação contra a mudança global do clima, reforçando o protagonismo da UFMG em temas ambientais e climáticos de relevância internacional.
O relatório evidencia o papel crescente da ciência brasileira na formulação de políticas públicas, indo além da produção acadêmica para medir o impacto real do conhecimento na sociedade. Os dados revelam que os pesquisadores da UFMG têm contribuído significativamente para decisões sobre desmatamento, conservação ambiental, saúde pública e mudanças climáticas, áreas estratégicas para o futuro do país e do planeta.
Professores selecionados
Britaldo Soares Filho foi professor titular do Departamento de Cartografia da UFMG e atualmente atua como pesquisador associado do Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG. Sua pesquisa consiste na modelagem de cenários de políticas territoriais, incluindo simulações integradas de mudanças no uso do solo e avaliação de seus impactos no clima, regime hidrológico, balanço de carbono, incêndios florestais, biodiversidade, rastreabilidade agrícola e rentabilidades agrícola e florestal.
Lucas Guimarães Abreu é professor da Faculdade de Odontologia da UFMG e consultor ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Possui trabalhos na avaliação da Epidemiologia de lesões orais e maxilofaciais, cárie dentária e má oclusão. Tem estudado também desfechos em saúde bucal de indivíduos com condições sistêmicas e síndromes.
Deborah Carvalho Malta é professora titular e pesquisadora da Escola de Enfermagem da UFMG. Especialista em Saúde Coletiva, atua principalmente com epidemiologia, vigilância de doenças crônicas não transmissíveis, vigilância de acidentes e violências, promoção da saúde, avaliação de serviços e saúde suplementar. Recebeu a Grande Medalha da Inconfidência, em 2024, a mais alta honraria concedida pelo Governo de Minas.
Raoni Rajão é diretor de Políticas de Controle do Desmatamento e Queimadas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e professor do departamento de Engenharia de Produção da UFMG. Dedica-se ao estudo da relação entre tecnologia, ciência e políticas públicas, com ênfase na avaliação de políticas de controle do desmatamento e de pagamento por serviços ambientais.
Waleska Teixeira Caiaffa é médica, professora titular de epidemiologia e saúde pública da Faculdade de Medicina da UFMG e líder do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia/Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH-GPE). Atua principalmente nos temas: saúde urbana; determinantes sociais da saúde com foco na área urbana; avaliação de intervenções urbanas na saúde das populações (originárias ou não do setor saúde); doenças transmissíveis como dengue, COVID-19 e outras, não transmissíveis e uso de drogas no contexto urbano.
Fonte
Assessoria de Imprensa da UFMG
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