Convênio da UFMG com instituto da Guiné-Bissau será renovado por mais cinco anos
Acordo estabelece uma série de ações de cooperação nas áreas de pesquisa e de formação profissional
Por Carla Pedrosa
Com Divisão de Comunicação da Biblioteca Universitária
Convênio de intercâmbio que une a UFMG e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) da Guiné-Bissau será renovado por cinco anos, até 2030. A extensão do acordo foi articulada pelo vice-diretor da Biblioteca Universitária (BU), Wellington Marçal, o diretor do Inep, Zeca Jandi, e o coordenador do Centro de Estudos Econômicos do país africano, Daniel Cassamá, durante visita feita este mês pelo dirigente da BU à capital Bissau.
Wellington, que estuda a literatura da Guiné-Bissau e agora também é pesquisador associado dos Serviços da Biblioteca Pública e de Publicações do Inep, viajou a convite da curadora do eixo Literatura da Primeira Bienal de Arte e Cultura de Bissau, professora Zaida Pereira, e do sociólogo Miguel de Barros, coordenador-geral do evento.
A parceria entre a UFMG e o Inep foi firmada em 2017, quando estiveram em missão de prospecção no Inep a professora Vanicléia Santos, então coordenadora do Centro de Estudos Africanos da UFMG, e Wellington Marçal, à época diretor da BU. Nos termos do acordo, estão previstas ações diversas, entre as quais, o intercâmbio de discentes, docentes, pesquisadores e técnicos para aperfeiçoamento profissional e realização de pesquisas. O objetivo é estreitar os laços acadêmicos e culturais entre as instituições.
Durante o encontro entre os gestores do Inep e da BU, foram entregues, para compor o acervo da Biblioteca Pública Nacional da Guiné-Bissau, exemplares de duas obras produzidas por autores da UFMG: o livro J.M. Coetzee no Brasil: ensaios críticos, organizado pela reitora Sandra Goulart Almeida e por Wellington Marçal, e o catálogo do Sistema de Bibliotecas, criado em 2017 em comemoração aos 90 anos da Universidade.
Projetos da UFMG na Bienal
“Para reforçar a importância das iniciativas que podem gerar pontes entre a Guiné-Bissau e o Brasil, apresentei em um djumbai – roda de conversas provocadoras na Bienal – o projeto LiterÁfricas, sobre os sistemas literários de cinco países africanos de língua oficial portuguesa”, disse Wellington Marçal. Coordenada pela professora Maria Nazareth Fonseca, a iniciativa está inserida no portal LiterAfro, da Faculdade de Letras da UFMG, que há 20 anos reúne críticas, ensaios e outros trabalhos a respeito da literatura afro-brasileira.
O evento foi oportunidade também para trocar contatos com editoras guineenses como Ku-si-Mon, Corubal e a livraria do Inep, que têm livros de interesse para o Acervo Africano, localizado no quarto andar da Biblioteca Central da UFMG. O setor disponibiliza, para consulta local, obras de autores e editores de diversos países, como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Brasil e Colômbia.
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