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Educação física

Pesquisa mostra benefícios do pilates solo para idosos em situação de fragilidade

Tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Ciências do Esporte é tema do novo episódio do ‘Aqui tem ciência', da Rádio UFMG Educativa.

Idosos do grupo que não participou das atividades de pilates solo tiveram piora no quadro de fragilidade
Foto: Pexels

O acompanhamento de idosos internados em uma instituição de longa permanência em Belo Horizonte mostra que a prática de pilates solo (sem o uso de aparelhos) pode contribuir para a redução da fragilidade dessas pessoas. A pesquisa contou com a participação de 26 idosos, que foram avaliados pela educadora física Tatiana Boletini, autora do trabalho.

“Existem vários índices para avaliar a fragilidade. O idoso pode ser pré-frágil, por exemplo, que é um índice de atenção. Então, nós podemos começar a cuidar desse idoso para que ele não se torne frágil, demandando cuidados intensivos de uma equipe multidisciplinar”, explica Boletini.

Os idosos avaliados foram separados em dois grupos: um de intervenção, que participou das atividades de pilates solo, e um grupo controle, que não participou das atividades. As avaliações foram feitas no início da pesquisa, depois de três meses, e ao final de seis meses. 

A pesquisadora utilizou instrumentos e escalas que permitiram a análise de diferenças fisiológicas e psicossociais entre os idosos avaliados. “O Indice de Vulnerabilidade Clínico Funcional avalia aspectos sociais e atividades funcionais. Além dele, foram utilizados outros testes: a escala de Edmonton, mais voltada para os aspectos cognitivos e psicológicos, e o teste de fenótipo de fragilidade, mais utilizado na avaliação fisiológica”, explica.

A autora concluiu que o grupo de intervenção obteve melhora na capacidade física, motora e cognitiva. “Nós tínhamos dois idosos que não caminhavam nem faziam qualquer atividade física. Um deles usava um andador, e o outro, uma cadeira de rodas. Os dois finalizaram os seis meses caminhando”, conta Boletini.

Os integrantes do grupo controle, que não participaram das atividades de pilates solo, tiveram piora no quadro de fragilidade, sendo a perda de peso e de massa muscular os principais prejuízos. 

Boletini ressalta a importância da realização de estudos destinados à saúde de pessoas mais velhas e de promover ações para que os idosos se tornem ativos e saudáveis.

O trabalho foi orientado pelo professor Franco Noce, do Departamento de Esportes da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), e foi premiado na modalidade pôster no 1º Simpósio Internacional de Práticas e Pesquisas em Psicologia, promovido pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Saiba mais sobre o estudo no episódio 204, do programa Aqui tem ciência:

Tatiana Boletini defende ações para tornar os idosos mais ativos e saudáveis
Foto: acervo pessoal

Raio-x da pesquisa

Título: O efeito do treinamento de pilates solo em idosos institucionalizados frágeis e em risco de fragilização
Autora: Tatiana Lima Boletini
Programa de Pós-graduação: Ciências do Esporte
O que é: Tese de doutorado que descreve o efeito do Método Pilates Solo (MPS) em idosos institucionalizados fragilizados, ou com risco de fragilização. A pesquisa avaliou 26 idosos divididos em dois grupos (controle e intervenção), por meio do Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional. A avaliação ocorreu a cada três e seis meses, com o objetivo de medir a melhora dos aspectos físicos, psicológicos e sociais dos participantes. Os resultados indicam a efetividade da aplicação do MPS para a melhora  da qualidade de vida desses indivíduos.
Orientador: Franco Noce
Coorientador: Wagner Jorge dos Santos
Ano da defesa: 2022

O episódio 204 do Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Hugo Rezende, edição de Alessandra Ribeiro e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos realizados na UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe apresenta os resultados de uma pesquisa desenvolvida na Universidade. 

O Aqui tem ciência vai ao ar na frequência 104,5 FM e na página da emissora, às segundas, às 12h45, com reprises às quartas, às 17h45, e pode ser ouvido também em plataformas de áudio como Spotify e Amazon Music.

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