Projeto Mulheres na Ciência, do ICB UFMG, incentiva meninas e mulheres a serem pesquisadoras
Por Vyctória Alves, sob orientação de Alessandra Dantas e Luiza Glória
Nesta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, a professora do Departamento de Zoologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da UFMG, formada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com Pós-Graduação no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Doutorado em Harvard, no Departamento de Biologia Organísmica e Evolutiva, e coordenadora do projeto Mulheres na Ciência do ICB UFMG, professora Gisele Kawauchi, conversou com a jornalista e apresentadora Luiza Glória, no programa Conexões.
O projeto Mulheres na Ciência busca valorizar as pesquisadoras do ICB, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. A iniciativa dá visibilidade às cientistas e suas contribuições para o conhecimento, inspirando jovens, especialmente meninas, a seguirem essa carreira. Por meio das redes sociais, a iniciativa também divulga feitos de mulheres ao longo da história e na atualidade, principalmente nas ciências, mas também nas artes e na política. Criado em junho de 2020, sob coordenação da professora Gisele Kawauchi, o grupo surgiu da necessidade de um espaço para discutir ações que se relacionem às atividades das mulheres no Instituto de Ciências Biológicas da nossa Universidade. Ao longo do tempo, por conta da cultura ou de leis machistas, as mulheres foram impedidas de participar da produção científica e de ingressar em instituições de ensino.
De acordo com um levantamento feito pela Nexus a partir de dados do Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, em 2023, 74% dos ingressantes nos cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática foram homens, enquanto 26%, eram mulheres. E ainda, segundo um estudo publicado na revista científica Scientometrics também em 2023, 75,6% dos líderes de grupos de pesquisa no Brasil eram brancos e as mulheres ocupavam apenas 45,6% das posições de liderança científica. Mesmo com o espaço se abrindo, outras questões como a diferença social entre os papéis de pai e mãe são obstáculos para uma maior presença feminina até hoje. Ainda assim, as mulheres continuam lutando contra essas exclusões e se destacam nas ciências exatas, médicas, filosóficas e sociais.