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Conexões

Indígenas na COP: “Só uma pequena parte tem ‘lugar à mesa’, mas não temos voz”, destaca Avelin Kambiwá

Nesta quinta-feira, 13 de novembro de 2025, a indígena do povo Kambiwá, professora, Mestra em Estudos da Ocupação e Socióloga, Doutora Honoris Causa e ativista socioambiental Avelin Buniacá Kambiwá conversou com a jornalista e apresentadora Luiza Glória, no programa Conexões.

Nesta semana, começou a programação oficial da COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em Belém, capital do Pará. O principal evento que discute a temática no mundo envolve expectativas e contradições, sendo realizado pela primeira vez no Brasil, visto como um importante ator na agenda climática mundial. Na terça-feira, segundo dia da COP, indígenas e movimentos sociais fizeram um protesto na zona azul, área exclusiva onde acontecem as reuniões diplomáticas. O espaço é controlado e cercado por forte esquema de segurança. Mas os ativistas romperam o cerco para se manifestarem com bandeiras contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e cantavam pedindo a tributação de bilionários.

Avelin Kambiwá destacou que não são todos os indígenas ligados ao governo e eles têm o direito à manifestação. A socióloga ressaltou que só uma pequena parte têm acesso à zona azul e às negociações da COP. Ela também realçou que as populações indígenas esperam muito mais do governo federal em vários aspectos, dentre eles a demarcação de terras indígenas, que é fundamental para a proteção ambiental. A entrevistada reafirmou que são várias questões de bem viver que afetam não só os indígenas, mas toda a população, como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, criticada pelo Cacique Raoni em Belém, e a mineração em Minas Gerais.

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