Ser promotor de justiça é defender os direitos humanos, define 1ª quilombola no cargo, Karoline Maia
Nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2025, a quilombola e promotora de justiça titular de Brasil Novo, município brasileiro do estado do Pará, Karoline Maia, conversou com a jornalista e apresentadora Alessandra Dantas, no programa Acesso Livre.
A história do Brasil é marcada por um histórico escravista e o racismo estrutural está aí até hoje, como dos responsáveis por mecanismos de desigualdades e injustiças. Muitas mudanças ainda são necessárias para transformar esse cenário. Uma delas é reconhecer e enfatizar que essa baixa representatividade de pessoas negras e de outros grupos no setor público não é natural. Por isso, é fundamental chamar a atenção para a importância da diversidade no serviço público, principalmente nos níveis de alta gestão.
Karoline, que tomou posse como promotora há pouco mais de um ano, ressaltou que o sistema de justiça ainda não apresenta a diversidade do que a sociedade brasileira é, mas paulatinamente a mudança vem acontecendo. Ela celebrou que pessoas negras têm aberto outros espaços, mas são necessárias políticas públicas para ampliar essa presença, uma vez que pessoas quilombolas, por exemplo, estão ausentes dos espaços de tomada de decisão.