O 1º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG foi organizado para ser um fórum de debate reunindo especialistas das diversas unidades e departamentos da Universidade com outros pesquisadores, estudantes e profissionais de Minas Gerais e do Brasil.
Entre 12 e 15 de novembro de 2008, o Congresso propiciou um espaço de discussão sobre os “Desafios da Promoção da Saúde” no mundo contemporâneo, de um ponto de vista integrador e numa abordagem multi e transdisciplinar. Particular enfoque foi dado às crescentes desigualdades entre cidadãos de um mesmo país, de uma mesma cidade, acompanhadas de iniqüidades no acesso aos benefícios do progresso científico, sobretudo levando-se em consideração a transição epidemiológica e demográfica, as alterações ambientais, o avanço tecnológico na pesquisa e ensino dos problemas de saúde.
O termo “promoção da saúde” começou a ser utilizado no século XX. Em 1946, o médico francês Henry Sigerist definiu quatro tarefas essenciais da medicina: a promoção da saúde, a prevenção de doença, a recuperação do enfermo e a reabilitação. Além disso, o pesquisador destacou como pontos primordiais para um programa nacional de saúde a educação gratuita universal, boas condições de vida e de trabalho, oportunidades para descanso e recreação, e, fugindo do pensamento tradicional, a atenção médica como última prioridade.
Em, 1974, o Informe Lalonde, relatado pelo então ministro da Saúde do Canadá, afirma que, apesar de a maior parte dos recursos aplicados na saúde ser destinada à organização do cuidado médico, havia ainda outros três fatores determinantes que não recebiam a devida atenção – a biologia humana, o ambiente e o estilo de vida. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) fortaleceu esse movimento quando substituiu o antigo conceito de saúde, que se restringia à ausência de doença, por uma definição bem mais ampla, que, hoje em dia, abrange o bem-estar físico, mental e social.
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