NOSSA HISTÓRIA

Nas primeiras décadas de 1900, a cidade de Belo Horizonte efervescia no campo das artes e da cultura. Enquanto o Teatro Municipal vivia seus anos de glória, novas salas de cinema eram inauguradas como os cines Pathê, Glória, Odeon e Avenida, e a realização de concertos de orquestras, grupos de câmara e solistas refletia o gosto pela música e o modo de vida belo-horizontino.

Aos poucos a necessidade de formar instrumentistas preparados para tocar nesses conjuntos fez-se notória e surgiu a demanda da criação de um curso de música, que foi criado pelo então presidente do Estado de Minas Gerais, Sr. Arthur Bernardes em 27 de setembro de 1920. Cinco anos depois, foi assinado pelo presidente do Estado, Sr. Fernando de Mello Vianna e pelo Secretário do Interior Sandoval Soares de Azevedo, um Decreto “atendendo a necessidade que há, para o aperfeiçoamento da cultura artística do Estado”...que estabelecia o Regulamento Provisório do Conservatório Mineiro de Música cujo destino era “ministrar a instrução musical em todos os seus ramos, formando professores de música, de instrumentos e de canto, compositores e regentes de orquestra”. Abriram-se as inscrições para admissão do curso.

Em 02 de abril de 1925 tiveram início as aulas de música, sendo que em 29 de abril de 1925, o Conservatório Mineiro de Música foi oficialmente inaugurado em solenidade realizada em sua sede provisória, o velho casarão do Parque Municipal: a Banda do 1º Batalhão da Força Pública tocou o Hino Nacional e Francisco Nunes foi nomeado o 1º Diretor.  A repercussão foi tão grande que fez com que o Conservatório fosse transferido para um local maior na Av. João Pinheiro. Encomendou-se, a seguir, a construção de um prédio na Avenida Afonso Pena para ser a sede definitiva do Conservatório Mineiro de Música, que foi inaugurado em 05 de setembro de 1926 pelo então presidente do Estado de Minas Gerais, Fernando Mello Viana. O seu auditório exibia pinturas especialmente encomendadas e que diziam respeito à música! A instituição teve grande influência na vida cultural de Belo Horizonte nas décadas seguintes, projetando alunos e professores como musicistas atuantes na vida artística da capital mineira.

Em 04 de dezembro de 1950 o Conservatório foi federalizado, transformando-se em estabelecimento de ensino superior e, em 30 de novembro de 1962, foi integrado à Universidade Federal de Minas Gerais, passando recebendo o nome de Escola de Música da UFMG.  Em 15 de março de 1988, o lindo prédio foi tombado como patrimônio arquitetônico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).

Um novo prédio para a Escola de Música foi construído no campus Pampulha em 1997, tendo sido o antigo local da Av. Afonso Pena cedido à Prefeitura de Belo Horizonte para abrigar a Comissão Organizadora do Centenário da cidade. A partir de 1998, a UFMG, através da sua Fundação de Desenvolvimento à Pesquisa/Fundep, investiu recursos para revitalização e restauração do prédio. Em 11 de agosto de 2000, o Conservatório UFMG foi inaugurado como um novo complexo cultural de BH. A partir de então o local desenvolve várias atividades culturais, como série de concertos, cursos, congressos e workshops.

 

DIRETORES DO CONSERVATÓRIO UFMG A PARTIR DE 2000

Período: 2000 a março/2006 - Rogério Saleme (Diretor Administrativo) e Fundep;

Período: março/2006 a março/2014 - Carlos Alberto Marques dos Reis (Diretor) e Fundep;

Período: março/2014 a março/2018 - Profa. Margarida Maria Borghoff;

Período: março/2018 a Atual – Prof. Fernando de Oliveira Rocha

 

HISTÓRICO DO CONSERVATÓRIO UFMG – LINHA DO TEMPO

  • 17 de março de 1925 – Regulamento provisório do Conservatório Mineiro de Música e início das aulas em 02 de abril do mesmo ano.
  • 29 de abril de 1925 – foi inaugurado a instituição Conservatório Mineiro de Música
  • 05 set 1926 – Inaugurado o prédio construído para abrigar o Conservatório Mineiro de Música, pelo então Presidente do Estado Fernando Mello Viana;
  • 04 dez. 1950 – Federalizado – torna-se Instituição de Ensino Superior;
  • 30 nov. 1962 – Integrado à UFMG;
  • 15 mar. 1988 – Tombado como Patrimônio Arquitetônico do Estado, pelo IEPHA;
  • 1994 - Tombado como Patrimônio Cultural de BH – Nº do processo: 01.059220.95.10;
  • Até 1996 funciona como Escola de Música da UFMG;
  • 1997 abriga a Comissão Organizadora do Centenário de BH;
  • 1998 A UFMG através de sua Fundação, FUNDEP, inicia a restauração do prédio comandada pelo arquiteto Gaston Oporto;
  • 11 ago. 2000 – Inaugurado como espaço cultural com o nome Conservatório UFMG;
  • Dez 2001 – inaugurado o anexo da rua Guajajaras;
  • De 2000 a 2005 a programação cultural do Conservatório UFMG ficou restrita à música erudita;
  •  De 2006, por orientação do então reitor, prof. Ronaldo Pena, as portas da casa foram abertas à música popular;

Hoje, o Conservatório UFMG, conta com uma extensa programação cultural, com espetáculos em quase todos os dias da semana.

 

OBRAS DE ARTE QUE COMPÕE O AUDITÓRIO DO CONSERVATÓRIO UFMG

As telas da Sala de Concertos do Conservatório, datadas de 1926, são dos pintores Antônio Parreiras (tela maior do palco) e de seu filho Dakir Parreiras (telas menores da plateia). Foram especialmente encomendadas para a inauguração do prédio no ano de 1926. Com os temas baseados no libreto da Ópera Tiradentes.

Sobre os artistas:

Antônio Parreiras (Niterói20 de janeiro de 1860 – Niterói, 17 de outubro de 1937) foi um pintor,desenhistailustradorescritor e professor brasileiro. Iniciou estudos ao ar livre nas matas de Teresópolis, sintetizados na tela Sertanejas. Tendo recebido encomendas para pintar episódios históricos, a partir de 1899 realizou vários trabalhos para palácios do governo, como a Alegoria a Apollo e às Deusas das Horas de 1925 no teto do salão nobre do Palácio da Liberdade em Belo Horizonte


Dakir Parreiras (1894: Niterói, RJ – 1967: Rio de Janeiro, RJ).Pintor e decorador. Filho de Antônio Parreiras. Por longos anos foi professor do Instituto de Educação de Niterói. Sua obra integra os acervos do Palácio do Governo de Porto Alegre, do Palácio do Governo de Florianópolis e do Museu Antônio Parreiras, em Niterói, entre outros.  

 

Sobre a Ópera Tiradentes

"Ópera Tiradentes” de Manoel Joaquim de Macedo (1847, Cantagalo, RJ – 1925, Cataguases, MG), com libreto de Augusto de Lima (1859, Congonhas do Sabará, atual Nova Lima – 1943, Rio de Janeiro). A obra foi composta entre 1897 e o início do Sec. XX. Os manuscritos, com cerca de cem anos, são um dos acervos de maior valor pertencentes à Biblioteca da Escola de Música da UFMG. Sua importância histórica se deve ao fato de usar um tema essencialmente brasileiro, revelando fatos e circunstâncias da história do Brasil, sendo um marco de criatividade e soberania musicais. Claramente influenciado pelo movimento Pós-Wagneriano, Macedo compõe uma ópera de grande extensão (sua versão integral teria aproximadamente 4 horas e meia de duração). Com harmonias cromáticas, instrumentação cuidadosa e expressividade na declamação cantada, Macedo conseguiu fazer desta ópera uma obra prima. Esta ópera nunca foi produzida e apresentada na íntegra

 

SOBRE OS ESPAÇOS

O Conservatório UFMG dispõe espaços e infraestrutura para a realização de espetáculos musicais, encontros, congressos, seminários, cursos, feiras, lançamentos de livros e discos. Dispõe, também, de infraestrutura para realização de coquetéis e recepções.

Nossos Espaços:

  • Sala de Concertos com: tratamento acústico, piano Steinway & Sons, meia cauda, equipamentos de som e iluminação, capacidade para 220 lugares;
  • Mini auditório com 64 lugares;
  • 02 salas de aulas com 22 lugares;
  • 02 salas de aulas com 44 lugares;
  • Pátio externo;
  • Praça coberta;
  • Copa (para apoio a eventos)
  • 02 banheiros (masculino e feminino);
  • 01 banheiro para cadeirantes;

ÁREA REFORMADA E RESTAURADA de 1.176,40 m² correspondente ao edifício original e 1.376,51 m² correspondentes ao bloco anexo acrescentado na parte posterior do conjunto tombado.