
Exposição ‘Minas, Memória Moderna’ inaugura domingo na UFMG
Obras do acervo da universidade revelam as relações entre intelectuais e artistas da modernidade com um dos fundadores da política nacional de preservação do patrimônio cultural
Inaugura neste domingo, dia 4, às 10h30, a mostra 'Minas, Memória Moderna', com obras e manuscritos que revelam conexões entre intelectuais e artistas da modernidade artístico-cultural brasileira e o trabalho do jornalista, advogado e escritor, Rodrigo Mello Franco de Andrade. A abertura integra a programação do Domingo no Campus 2022, em comemoração aos 95 anos da Universidade. A mostra fica em cartaz até 3 de novembro no saguão da Reitoria da UFMG, com visitação gratuita, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Realizada pela Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult) e pela Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA), a exposição reúne obras de arte, documentos, bilhetes e fotografias que pertencem ao acervo da Fundação e permitem entrever as interseções entre a biografia de Rodrigo - primeiro dirigente Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) - e a modernidade brasileira.
“As obras e documentos reunidos nesta exposição, provavelmente pela primeira vez exibidos em conjunto, pertencem à Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, instituição criada em 1970, cujos instituidores tinham o desejo de contribuir com a preservação do patrimônio histórico da cidade de Tiradentes, em Minas Gerais. Nada mais acertado do que ter o nome da Fundação como uma homenagem a um dos mais relevantes agentes da cultura brasileira no século XX, cuja trajetória é marcada pela defesa incansável do patrimônio histórico da cidade de Tiradentes e do país e sua promoção”, afirma a reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, em texto de apresentação da exposição.
À frente do Iphan de 1937 a 1968, Rodrigo Mello Franco de Andrade participou do que ficou conhecido como a fase heroica do órgão, já que além de contribuir para o fortalecimento da instituição, também foi necessário estabelecer uma série de medidas para preservar o patrimônio histórico e cultural do Brasil. Ele recebeu o apoio e colaboração de importantes nomes brasileiros, entre eles, alguns que figuram na exposição, como Guignard, Carlos Scliar, Edson Motta, Portinari, entre outros.

“A Fundação reuniu, a partir de doações, um acervo diversificado, hoje conservados em Tiradentes e em Belo Horizonte sob guarda do Espaço Acervo Artístico UFMG. Reunidos, eles revelam o caráter de trabalho, de obra em sentido lato, do impulso de modernização pelo qual atravessava o Brasil entre as décadas de 1920 e 1960. Das muitas figuras aí contidas, Rodrigo é talvez a mais rotineira e menos aparente”, destaca Verona Segantini, presidente da FRMFA e coordenadora geral da exposição.
A Fundação
Recém credenciada como fundação de apoio à cultura da universidade, a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade existe desde a década de 70, quando foi instituída com o objetivo de preservar imóveis e bens dotados de valor histórico, cultural e artístico em Tiradentes. Em 1997, a presidência do Conselho Curador da FRMFA foi transferida para a Universidade Federal de Minas Gerais, que passou a contribuir de forma sistemática para a recuperação e conservação do patrimônio de Tiradentes, que congrega um registro histórico singular de fundamental importância para a compreensão da identidade e da memória nacional.
SERVIÇO
Exposição ‘Minas, Memória Moderna’
Abertura | 4/9 (domingo), às 10h30
Visitação | Até 3/11, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
Local | saguão da Reitoria da UFMG (Av. Antônio Carlos, 6.627)
Entrada gratuita