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Apoio familiar
A psicóloga Delba Barros afirma que a proximidade da família é sempre importante nesse período, mas ela deve aparecer apenas na forma de apoio, nunca como interferência. “Todos nós tendemos a massificar os adolescentes. Cada um tem um interesse e um tempo, por isso é necessário deixar com que eles pensem neles”, diz. Segundo a coordenadora do Programa de Orientação Profissional da UFMG, esse apoio, na hora das decisões, pode vir de várias formas e maneiras. Ela chama a atenção para iniciativas como a Mostra de Profissões, evento realizado anualmente pela UFMG, que ajuda os jovens a fazer escolhas com mais conhecimento e responsabilidade. Para Delba Barros, essa interlocução entre a universidade e os alunos é fundamental para mostrar que a idealização de alguns cursos e profissões está bem distante da realidade. “Quanto mais aberta estiver a universidade, maior será o número de alunos satisfeitos” conclui.
Alguns estudantes conseguem lidar melhor com o momento da escolha, seja pela personalidade ou pela experiência. Fabíola Santos Cruz, 21, que este ano completa a quarta tentativa de ingressar na universidade, revela que só agora tem certeza da sua escolha. Depois de passar por Agronomia e Psicologia, a estudante afirma que há dois anos descobriu a verdadeira vocação: Medicina. “Encontrei muita compreensão dentro de casa, por isso não me sinto pior por ter demorado tanto a decidir”, conta.
As idas e vindas em torno da escolha não são uma prerrogativa dos atuais candidatos. Há cerca de 30 anos, uma "pontinha" de dúvida fez com que Angela Rocha, de 51 anos, desistisse do tradicional curso de Economia para se dedicar à Música. Quando falava sobre sua decisão, o que mais ouvia era “não faça isso, música não dá dinheiro para ninguém”, conta. Mas o desejo, a vontade e, principalmente, a coragem de seguir essa vocação foram bem maiores do que qualquer opinião que a tentasse convencer do contrário. Foi então que, em 1977, Angela ingressou no curso de bacharel em piano da UFMG, e há mais de 20 anos atua como professora de música nas redes municipal, estadual e privada de ensino. “Talvez, se eu tivesse me formado em Economia, poderia ganhar muito mais do que recebo como professora, mas a minha satisfação e felicidade só encontrei na Música”, conclui.
“Quebrar a cabeça” na tentativa de encontrar a resposta certa para a pergunta “que curso fazer?”, no fundo, acaba valendo a pena. Dados do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) da UFMG indicam que o número de reopções de curso - pedido de mudança apresentado por universitários devidamente matriculados em cursos de graduação – não é alto quando comparado com o tamanho da comunidade de estudantes. No primeiro e segundo semestres de 2007, 72 alunos apresentaram pedido de reopção de curso e outros 149 efetivaram suas transferências. Cerca de 22 mil alunos estão regularmente matriculados em cursos de graduação na UFMG.
Para se inscrever no Vestibular 2009, acesse o site da Comissão Permanente do Vestibular.
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