Muito além de futurologia...

Quem serão os profissionais do futuro? Dominar as novas tecnologias pode não ser suficiente. O novo profissional tem que dar conta de enfrentar desafios éticos, sociais, culturais e ambientais

Paula Alkimim


relojinho.jpgO Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) da UFMG mapeou uma lista com 80 profissões do futuro, buscando traçar ainda o perfil desses profissionais a partir de estudos das tendências de mercado e de entrevistas com pesquisadores e professores de várias áreas.

O gestor de resíduos ou lixólogo é uma dessas profissões, uma vez que a grande produção humana de lixo comum ou lixo de difícil eliminação como o radioativo torna-se um problema cada vez mais presente no mundo.

A nanotecnologia é outro campo com grande potencialidade. Destaque para profissionais como o nanotecnólogo - capaz de projetar microrrobôs para as mais diversas finalidades, de explorações geológicas a operações no corpo humano, ou o nanocirurgião – professional que saberá operar esses nanorobôs para realizar intervenções cirúrgicas.

Ser um especialista em ética também pode ser um bom caminho já que a ética é sempre chamada para a discussão de uma série de questões contemporâneas em áreas como meio ambiente, biologia e medicina. Outras profissões são a de tradutor cultural, cientista socioambiental, especialista em desastres e epidemias contemporâneas, gestor de cidades e organizador de dados.
Para o diretor do Ieat, Carlos Brandão, que coordenou a pesquisa, uma das características do profissional do futuro deve ser a capacidade de transitar por mais de um campo de conhecimento e não ficar preso apenas ao seu segmento específico.

“A gente tem que colocar em cena valores universais como justiça, ética e liberdade, que geralmente não são valores muito cultivados no mercado neste mundo contemporâneo”, ressalta Carlos Brandão. E acrescenta: “Mapear as profissões do futuro não é um exercício de futurologia, mas uma maneira de engravidar a possibilidade do presente, inclusive engravidar coisas que vão satisfazer o mercado ou mesmo contrariar os caminhos do presente”.

Comentários
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raysa  - E a Engenharia Civil?   |08-09-2008 17:11:59
Estou no 2º ano do Ensino Medio e estou pretendendo fazer engenharia civil.
Será que quando eu fizer o curso e [me] formar o mercado de trabalho ainda vai
estar bom? IOu devo fazer outro curso?
Raysa

Cara Raysa,
esta é uma
pergunta difícil, pois assegurar que determinado mercado de trabalho estará
(ou não) em alta é projetar o futuro. E projetar o futuro é sempre um
exercício. Mas acredito que nos próximos dez anos a economia brasileira se
manterá no mesmo ritmo, como uma tendência a crescimento, o que, por sua vez,
estimula o mercado da construção civil. Além disso, o estudante que se forma
na UFMG tem sempre a garantira de uma formação ampliada e qualificada.
Boa
sorte.
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Revista Diversa nº 15
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