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Ensino público

reuni_2.jpgPara o pró-reitor de Graduação da UFMG, é importante que a expansão do ensino superior se dê nas universidades federais, reconhecidas por sua qualidade. Nos últimos anos, o crescimento concentrou-se nas universidades e faculdades particulares (veja quadro). Em 1996, segundo o Censo da Educação Superior, havia 1.868.529 estudantes matriculados no ensino superior brasileiro, dos quais quase 40% nas instituições públicas (federais, estaduais e municipais) e pouco mais de 60% nas instituições privadas.

No censo mais recente, em 2006, o número total de matrículas havia saltado para 4.676.646. Nesse ano, a participação das escolas privadas chegou perto de 75%. As universidades e faculdades públicas passaram a responder por apenas 25% das matrículas. Com o Reuni, a intenção do governo é aumentar a participação do setor público novamente para 40%, conforme diretriz do Plano Nacional de Educação.

Apenas o primeiro passo

O programa de expansão das universidades federais vem, também, corrigir uma defasagem que afeta essas instituições. Sem dinheiro para atender todas as suas necessidades, elas se voltaram para a pesquisa, atividade que, no Brasil, é concentrada nas universidades públicas. O resultado foi a relativa estagnação da graduação, que ganha impulso agora, com os R$ 2 bilhões do Reuni. "É um dinheiro novo, importante, que tem como objetivo cobrir essa lacuna do ensino de graduação, que a universidade federal não pôde cobrir nos últimos tempos", avalia Carlos Roberto Jamil Cury, professor emérito da UFMG, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC Minas e ex-presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Educação.

Na opinião de Cury, o Reuni tem outra importante virtude: ampliar o ensino superior também em universidades do interior e de estados mais afastados do centro econômico e político do Brasil. Todas as 53 universidades federais do País aderiram ao programa. Cury alerta, no entanto, que o Reuni é um primeiro passo. Para que seus efeitos sejam sentidos de forma perene, é preciso investimento também na educação básica. "Se nós tivermos a vontade política de sanar o problema na base, teremos alunos melhores entrando na universidade, que hoje perde muito tempo tentando compensar deficiências da formação que os estudantes recebem no ensino médio", diz o professor.

 



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Revista Diversa nº 15
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