Biblioteconomia

Gestão da informação

Entender as necessidades e demandas por informação é uma das diversas atribuições de um bibliotecário

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O desafio permanente é desvincular da atividade uma imagem que, definitivamente, pertence ao passado: o curso de Biblioteconomia forma profissionais para as bibliotecas. Há muito tempo esta concepção foi superada, ainda que muitos setores da sociedade insistam em enxergar a formação de forma limitada. De acordo com a coordenadora do curso de Biblioteconomia da UFMG, Cíntia de Azevedo Lourenço, apesar das bibliotecas ainda serem os locais que mais absorvem o profissional, cada vez mais as empresas estão percebendo a importância de um bibliotecário como intérprete de seus quadros, principalmente para garantir acesso, organização e gestão da informação.

Gostar de lidar com o público e de conhecer o perfil dos usuários de centros de informações é um quesito fundamental para quem pretende seguir essa profissão. Outra característica comum entre os bibliotecários é o gosto pela organização. “O profissional precisa ser um pouco metódico, pois a todo momento trabalha com normas e regras internacionais”, afirma a coordenadora do curso de Biblioteconomia da UFMG.

Para a professora Cíntia de Azevedo, o que realmente destingue um profissional do outro é a constante busca pela qualificação e pelo conhecimento, porque o livro nem sempre será o instrumento de trabalho do bibliotecário. Hoje, arquivos de imagem, áudio, vídeo e jornais, por exemplo, também fazem parte do cotidiano de organização da informação.

Foram esses requisitos que incentivaram Gracirlei Maria de Carvalho, de 24 anos, a optar pelo curso de Biblioteconomia. A estudante, que nasceu em Porteirinha, Norte de Minas Gerais, deixou a cidade atrás do sonho de ser bibliotecária. Para ela, “o interesse pelo curso surgiu depois de descobrir que poderia trabalhar com a disponibilidade de informação”. Alluna do sétimo período da UFMG, Gracirlei afirma que pretende seguir a carreira acadêmica e já estuda um tema para ingressar no mestrado.

 

setaVagas ofertadas: 122 vagas por ano, sendo 37 para o 1º semestre do curso diurno, 45 para o 2º semestre, também do diurno e uma única entrada, com 40 vagas, para o 1º semestre no curso noturno

setaModalidade: Bacharelado

Turnos: Diurno e noturno

 width=Duração do curso: 4 anos

 width=Unidade da UFMG onde é oferecido: Escola de Ciência da Informação (ECI), campus Pampulha

Concorrência no vestibular UFMG
Diurno

2006 6,82
2007 5,16
2008 5,65
Concorrência no vestibular UFMG
Noturno
2006 8,00
2007 8,38
2008 8,38

Avaliação no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), em 2006:
4

Mercado de trabalho: Os bibliotecários podem atuar em qualquer unidade de informação, ou até mesmo numa emissora de televisão, rádio, jornal impresso, e ainda em escritórios de advocacia, além das bibliotecas. A organização de bases de dados, intranets organizacionais, serviços e produtos de informação para sites ou portais corporativos e análise de dados para subsidiar atividades relacionadas às estratégias organizacionais e à gestão do conhecimento são algumas das atividades desempenhadas pelo profissional. Ele pode realizar consultorias, e uma opção que vem seduzindo cada dia mais os profissionais da área são os concursos públicos.

Remuneração média inicial: Não há instrumento legal que estipule piso salarial para as atividades profissionais do bibliotecário no Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Biblioteconomia. A Associação dos Bibliotecários de Minas Gerais recomenda para uma carga de 40 horas semanais o pagamento de 10 salários mínimos; para o cargo de coordenação de biblioteca ou centro de documentação, o valor estipulado é de 13 salários mínimos, e para a direção, de 15 salários mínimos.

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Revista Diversa nº 15
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