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Contraste acentuadoMéxico e Brasil possuem os sistemas de pós-graduação mais sólidos da região, mas são os países, em termos absolutos, com os mais elevados índices de analfabetismo. No Brasil existem 14,3 milhões de analfabetos entre a população de 15 anos ou mais e no México, 6,3 milhões. Cuba é o pais com o menor índice de analfabetismo (0,2%), equivalente a 444,8 mil analfabetos entre a população com 15 anos ou mais. O resultado reflete a existência de uma política educacional permanente desenvolvida desde a revolução cubana, em 1959. O país com o mais alto índice relativo de analfabetismo é o Haiti, com 40,2% (2,25 milhões de habitantes). O analfabetismo é, para a diretora do Iesalc, um dos mais graves problemas da região. São 37 milhões de analfabetos na América Latina e no Caribe. Para ela, esta é, provavelmente, a causa dos baixos índices de desenvolvimento e uma das razões para a posição de dependência econômica dos países da região em relação ao chamado Primeiro Mundo. O estudo revela também a relação entre a educação e o Produto Interno Bruto (PIB). Neste caso, os dados são mais animadores, pois mostram uma tendência de aumento de investimentos na área. Cuba, o primeiro país da lista desse ranking, aplica perto de 10% do PIB em educação, destinando 2,2% do PIB para o ensino superior. A República Dominicana está na posição oposta: é o país que apresenta os menores índices de investimento: cerca de 1,9% em educação e perto de 0,2% no ensino superior. O Brasil investe 4,3% do PIB na educação e menos de 1% no ensino superior. Na avaliação de Ana Lúcia Gazzola, o percentual relativo ao PIB investido na educação ainda é insuficiente. "O ideal é que os países estivessem destinando mais recursos para a educação. Cuba é o exemplo a seguir", comparou. Outra necessidade é o aumento de recursos para as áreas de ciência e tecnologia. "A região deveria, ao menos, destinar 1% do PIB para essas áreas, mas estamos muito longe disso", lamentou a ex-reitora da UFMG. Para a diretora do Iesalc, a realidade de contrastes impõe sérios desafios para governos, organismos e sociedade, incluindo as instituições de ensino. "É desafiador pensar em políticas regionais com o grau de diferenças que existe, com o grau de singularidades da região, mas é preciso pensar um conjunto de políticas integradas que dêem conta de promover a transformação e a igualdade entre os diversos sistemas de educação", refletiu Ana Lúcia Gazzola. Estudo foi apresentado na Colômbia
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