Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis

Preservação do patrimônio

Curso, que foi criado a partir do Reuni, programa de expansão do ensino superior, une técnica ao conhecimento

conservacao1.jpgComo voltar os ponteiros do relógio? A resposta para esta pergunta ainda não foi descoberta pelos homens. Portanto, a saída para preservar o patrimônio móvel construído pela humanidade é utilizar as mãos, a delicadeza e estudar novas técnicas e práticas de conservação. Resultado que só será alcançado com a soma da habilidade motora ao conhecimento. São essas algumas das características exigidas de quem pretende dedicar-se à conservação e restauração de bens culturais móveis.

A grade curricular do curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG é interdisciplinar e dela fazem parte disciplinas que transitam pela Escola de Arquitetura e pelos institutos de Ciências Biológicas, Ciências Exatas e Geociências, por exemplo. “No início, os alunos ficam mais presos às disciplinas obrigatórias, mas ao final do quarto período, cada um é orientado a escolher um caminho para trilhar”, afirma a coordenadora do curso Wanda de Paula Tófani. Na metade da graduação, o estudante precisa escolher uma ou mais áreas de especialização: escultura, papel, pintura ou conservação preventiva.

Wanda Tófani explica que o curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da UFMG não é de restauração arquitetônica. “Não preservamos a estrutura da igreja, mas sim o material existente dentro dela, como pinturas e peças sacras”, esclarece a professora. A estudante da primeira turma, Laura Macedo, de 28 anos, realiza um trabalho de restauração e conservação em peças odontológicas que pertencem ao centro de memória da Faculdade de Odontologia da UFMG. Ambiciosa, mas também indecisa sobre a que área de se dedicar, ela revela que pretende “cuidar do patrimônio que temos no mundo”.

O curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis foi oferecido pela UFMG a partir do último vestibular e integra as ações e projetos de adesão da instituição de ensino ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), iniciativa do governo federal que busca a expansão da rede pública de educação superior.


setaVagas ofertadas: 30, com única entrada no primeiro semestre

setaModalidade: Bacharelado

Turno: Diurno

 width=Duração do curso: 4 anos

 width=Unidade da UFMG onde é oferecido: Escola de Belas Artes (EBA), campus Pampulha

Concorrência no vestibular UFMG
2008 7,03

Avaliação no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade):
O curso ainda não foi avaliado

Mercado de trabalho: Conservação, projetos de preservação de bens culturais, definição de parâmetros ambientais específicos para a estabilidade dos objetos mantidos em museus; atuação como professor, bem como em fundações e órgãos ligados à preservação do patrimônio; divulgação das medidas de prevenção com o objetivo de evitar futuras intervenções nas obras de valor histórico ou artístico, desenvolvimento de metodologias e produtos que melhorem o nível das intervenções, aumentando a garantia, a estabilidade e a segurança do objeto tratado; atuação em consultorias e supervisão da conservação junto a galerias de arte, antiquários e colecionadores particulares, em instituições públicas e privadas.

Remuneração média inicial: O mercado de atuação do profissional é diversificado, o que possibilita uma remuneração variada e difícil de mensurar.

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Revista Diversa nº 15
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