Vivendo e aprendendo, dentro e fora de sala

O aluno da UFMG encontra diversas opções de atividades acadêmicas, na extensão ou na pesquisa. A extensão oferece oportunidades de participação em cursos, palestras, conferências, ensino a distância, viagens, programas, eventos, campanhas educativas e projetos, dentre outros.

Desde o primeiro período, o aluno pode participar dessas atividades, voluntariamente ou beneficiado por bolsas de estudos. Atualmente, há entre 700 e 800 alunos bolsistas envolvidos em projetos e programas de extensão na UFMG.

Essas ações constroem uma importante ponte entre a universidade e a sociedade. “É uma atividade importantíssima para a formação dos alunos, que são confrontados com a realidade e desafiados a dar respostas à sociedade e também para a universidade, que além do compromisso com a excelência, têm também a responsabilidade de transferir o seu conhecimento para a comunidade”, afirma a pró-reitora de Extensão, Ângela Dalben.

Entre as muitas alternativas que o aluno da UFMG tem para testar seus conhecimentos em campo, estão programas como o Pólos de Cidadania, desenvolvido pela Faculdade de Direito, mas com a participação de alunos de outros cursos como Comunicação Social, Psicologia, Ciências Sociais e Nutrição. O programa contempla diversos projetos, como os Núcleos de Mediação e Cidadania, nos aglomerados Santa Lúcia e Serra, na região centro-sul da capital mineira, em que equipes de profissionais e estudantes buscam, em conjunto com as comunidades, solicionar conflitos entre os moradores e problemas das regiões. Para Nathane Fernandes, de 21 anos, que está no 6º período de Direito e há mais de um ano no Pólos, essa é uma grande oportunidade para entender o papel social de sua profissão. “É um desafio enorme enfrentar problemas tão distantes da nossa realidade. Na teoria, a gente é mais preparado para lidar com impasses típicos da classe média. E aqui a gente só lida com pessoas em situação de risco e exclusão, sem acesso à nada”, analisa a estudante.

Outra oportunidade de descoberta para os alunos da UFMG está na pesquisa. Atualmente, há cerca de 8.600 alunos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) vinculados a grupos de estudos em mais de mil linhas de pesquisa na universidade. Esses estudantes podem desenvolver projetos de forma voluntária ou receber bolsas. “Essa é a chance do aluno de participar da produção do conhecimento, que não é apenas transmitido como no ensino tradicional, mas construído junto com os estudantes. Isso faz uma diferença enorme na formação”, ressalta o pró-reitor de Pesquisa, Carlos Alberto Tavares.

Um dos alunos que estão desbravando esse universo é o estudante de Ciência da Computação, Rodrigo Silva Oliveira, de 24 anos. Ele recebe uma bolsa de iniciação científica para participar do projeto da Escola de Belas Artes de criação de uma biblioteca digital sobre o pintor brasileiro Alberto da Veiga Guignard. O estudante desenvolveu um sistema on line de recuperação de imagens das telas do artista, com base no conteúdo visual, para permitir a busca a partir de uma imagem, no computador, de obras que contenham as mesmas características de cor. A próxima etapa do projeto vai ser incorporar ao sistema a busca por elementos semelhantes, como igrejas, balões e flores, típicos da obra do pintor. A expectativa do aluno é que o mecanismo ajude estudantes e pesquisadores de Arte a analisar e classificar as telas do pintor e fazer descrições mais precisas por exemplo, de épocas ou influências. "É muito bom, porque a gente aplica a Computação num universo completamente diferente, amplia os conhecimentos e se integra com outras áreas", conclui o aluno.



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Revista Diversa nº 15
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