Assitência estudantil

Não basta entrar na universidade, é preciso se manter

Para muita gente, passar no vestibular é apenas um dos muitos problemas a enfrentar no caminho da conquista por uma formação superior

Paula Alkimim


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Os dados do censo de 2006 da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep) revelam como é difícil permanecer em uma universidade. No ano, o número de matrículas em instituições de ensino superior (federais, estaduais, municipais e particulares) chegou a 4.676.646, mas o de concluintes foi de apenas 736.829, o equivalente a 15,75%. A falta ou insuficiência de recursos é uma das possíveis causas para a saída das universidades e, em alguns casos, pode obrigar estudantes aprovados em vestibulares de instituições públicas de ensino superior a trocar a sala de aula por um emprego. Por pouco, este não foi o destino do aluno do 4° período de Engenharia Química da UFMG, Túlio Viegas, de 22 anos.

Beneficiário do programa de moradia da UFMG, freqüentador assíduo do bandejão (restaurante universitário), usuário permanente de programas de acesso a computadores e a materiais didáticos, além de possuir uma bolsa de manutenção, o estudante de Engenharia Química é um dos alunos que integram o programa de assistência estudantil da UFMG, iniciativa gerenciada pela Fundação Mendes Pimentel (Fump). “A assistência é mais que fundamental para eu continuar meus estudos. Ela é crucial; é graças a ela que eu estudo”, afirma o universitário. Em 2007, foram assistidos 5.058 alunos da universidade.

Para a presidente da Fump, Rocksane de Carvalho Norton, médica e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, a importância da assistência estudantil está na redução das taxas de evasão. “O estudante que não tem como se manter na universidade pode ter um desempenho acadêmico com relativa tranqüilidade, pois fica mais fácil se ele não tem que se preocupar em arrumar um emprego, em se manter ou onde morar”, avalia. Dos 5.058 estudantes assistidos pela Fump em 2007, só 56 (1,11%) alunos foram excluídos da UFMG, sendo seis por desistência e os demais por cancelamento de registro.

 



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Revista Diversa nº 15
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