Química

Investigação de materiais

Pelo caminho, muita Física, Química e Matemática, áreas do conhecimentos essenciais para ampliar os campos de atuação

quimica.jpgAtualmente, as políticas de segurança de vários países, incluindo o Brasil, têm investido na chamada polícia científica, que privilegia a prova técnica, fundamental para corroborar as conclusões de uma investigação sobre um crime ou um acidente.

Mas o que isso tem a ver com a Química? É que os profissionais formados nessa área estão entre os milhares de peritos que se debruçam diariamente sobre diversos materiais, para, por exemplo, descobrir se uma pessoa atirou com uma arma de fogo. Um deles é Washington Xavier de Paula, de 35 anos, doutor em Química pela UFMG, que trabalha no Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais. “Esse trabalho se tornou fundamental para a polícia, que mudou o seu perfil e hoje está bem mais científica. E a justiça, por sua vez, muitas vezes se baseia num laudo para aplicar uma pena”, ressalta o perito, graduado também pela UFMG.

Apesar da química forense ter conquistado mais espaço nas investigações policiais, o ensino da matéria ainda é incipiente dentro das universidades. Na UFMG, o conteúdo já desperta atenção dos alunos. Atenta à nova demanda, a coordenadora do curso de Química da instituição, Ana Lúcia Americano Barcelos, revela que já estuda uma forma de adaptar o conteúdo ministrado no departamento para atender ao interesse demonstrado pelos estudantes.

No entanto, ela esclarece que antes de encontrar sua verdadeira vocação na área, os alunos precisam provar domínio das disciplinas básicas do currículo: Química, Física e Matemática. “Com uma boa base, o estudante pode e deve abrir sua cabeça, para não ficar preso à rotina técnica, já que essa área dá margem para muitas aplicações e oportunidades”, afirma a coordenadora do curso.

O número de vagas oferecidas cresceu para o próximo vestibular em razão da implementação do Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O curso ampliou a oferta em 10 vagas no período diurno.

setaVagas ofertadas: 90 em duas entradas. No primeiro semestre, entram 50 alunos no período diurno e o restante ingressa, no segundo semestre, no curso noturno

setaModalidades: Bacharelado (diurno) e licenciatura (noturno)

Turnos: Diurno e noturno

 width=Duração do curso: 4 anos (diurno) e 4 anos e seis meses (noturno)

 width=Unidades da UFMG onde é oferecido: Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e Faculdade de Educação (FaE), ambos no campus Pampulha

Concorrência no vestibular UFMG
Licenciatura

2006 8,10
2007 6,93
2008 7,50
Concorrência no vestibular UFMG
Bacharelado
2006   10,23
2007  10,40
2008  11,13

Avaliação no Exame Nacional de
Desempenho de Estudantes (Enade), em  2005:
5

Mercado de trabalho: Os alunos que optarem pela licenciatura podem dar aulas. A maior demanda vem da rede pública de ensino. Já os bacharéis na área têm mais oportunidades e podem trabalhar em centros de pesquisa, siderúrgicas, indústrias de vários ramos, como o petroquímico, o farmacêutico e o de cosméticos; prestar serviços para empresas, fazendo análise de materiais ou apresentando soluções alternativas para o uso de determinadas substâncias, além de montar suas próprias consultorias. Atualmente, uma das áreas mais promissoras é a chamada química tecnológica, que, entre outros setores, atua no desenvolvimento e controle de processos e operações industriais.

Remuneração média inicial: Para trabalhar em escolas estaduais, o piso salarial em Minas Gerais é de R$ 450,00 para os professores de nível médio e de R$ 660,00 para os de nível superior. Já em outras atividades, como em indústrias e empresas, os salários variam muito dependendo do estado e do ramo de trabalho, mas, inicialmente, o profissional ganha em torno de R$ 2.000,00 para 30 horas semanais.

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Revista Diversa nº 15
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