Em sintonia com o desenvolvimento sustentável

Na esteira da intensificação dos estudos científicos para reverter a crise dos alimentos e o aquecimento global, área terá a maior expansão na UFMG com o Reuni

Ricardo Bandeira

Entre todos os campos do conhecimento representados na UFMG, o de Ciências Agrárias terá a maior expansão com a adoção na UFMG, já no Vestibular 2009, do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O crescimento está relacionado à importância da área no mundo atual, por sua interação com aspectos como a produção de alimentos, o desenvolvimento sustentável e, até mesmo, a busca por lazer na natureza. "As profissões de Ciências Agrárias, nos atuais sistemas de produção, relacionam-se muito com a alimentação do ser humano, num mundo que convive com o risco da falta de alimentos. Elas se preocupam, também, com a preservação do meio ambiente e com atividades como o turismo rural", afirma o diretor do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG, Rogério Marcos de Souza.

Na UFMG, a área está dividida entre o campus regional de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, e o campus Pampulha, em Belo Horizonte. O ICA, em Montes Claros, que já oferecia os cursos de Agronomia e Zootecnia, passará a ter, também, os de Ciência de Alimentos, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal e Administração (com ênfase no agronegócio). A Escola de Veterinária, na capital, vai oferecer o novo curso de Aquacultura, além do já tradicional curso de Medicina Veterinária.

Estrutura

Tanto o ICA quanto a Escola de Veterinária destacam-se pela estrutura que oferecem aos alunos. Em Montes Claros, o Instituto funciona numa área de 232 hectares, que é uma verdadeira fazenda dentro da cidade. Conta, ainda, com 17 laboratórios, que serão ampliados com a chegada dos novos cursos.

A Escola de Veterinária tem 115 laboratórios, um hospital e duas fazendas situadas nos arredores de Belo Horizonte. É, além disso, uma das mais conceituadas do Brasil, com 76 anos de tradição e uma pós-graduação reconhecida por sua excelência. "Onde quer que você vá, nos centros de pesquisa e universidades do país, você encontra alguém formado aqui", afirma o diretor da escola, Francisco Lobato.