Engenharias

O Brasil precisa de engenheiros

Condições favoráveis, impusionadas pelo crescimento econômico chinês e por investimentos do governo brasileiro, aumentam a demanda por engenheiros no país

Alessandra Ribeiro

A área da Engenharia vive um período de transformações. A mais visível delas é o bom momento para a profissão de engenheiro, depois de um longo período marcado pela estagnação. As explicações são, ao mesmo tempo, globais e locais. Vão desde a arrancada da China como potência econômica mundial aos investimentos do governo brasileiro, que teriam transformado o país em um verdadeiro “canteiro de obras”.

“Quando a engenharia está funcionando, é um sinal de crescimento da nação e melhora de qualidade de vida das pessoas. Sem obra, o país fica parado”, analisa o vice-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, Rodney Rezende Saldanha. Segundo ele, o mercado está carente de profissionais qualificados para atender à expansão do setor.

Isso explica os altos salários que vêm sendo pagos a engenheiros em início de carreira, na faixa de R$ 4.000,00 a R$ 6.000,00 ao mês. De acordo com o Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais, não há uma tabela salarial para cada uma das habilitações da Engenharia, porque os pisos são negociados com as empresas, e não por categoria. Mas o mínimo exigido para uma jornada de oito horas são 8,5 salários mínimos, o equivalente a R$ 3.527,50.
Considerada uma área tradicionalmente masculina, a Engenharia também começa a atrair mais mulheres. No curso de Engenharia Civil da UFMG, por exemplo, dos 829 alunos matriculados no primeiro semestre de 2008, 295 são mulheres, o equivalente a 35%.

As transformações na Escola de Engenharia da UFMG vão além. Para 2009, está previsto um incremento de 210 novas vagas. São dois novos cursos: Engenharia Aeroespacial e Engenharia Ambiental, cada um com 50 vagas; a criação da modalidade noturna para a Engenharia de Controle e Automação, com outras 80 vagas; e o aumento de 10 vagas nos cursos de Engenharia de Minas, Engenharia de Produção e Engenharia Metalúrgica.

Outra mudança é a transferência da Escola de Engenharia do centro de Belo Horizonte para o campus Pampulha. Apenas as engenharias Civil, de Minas, Metalúrgica e Química permanecem no prédio atual, e a previsão é de que a transferência seja concluída ainda em 2009.






Revista Diversa nº 15
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