Revista da Universidade
Federal de Minas Gerais
Ano 2 - nº. 6- março 2005
Esta é mais uma edição temática de UFMG Diversa que entregamos à crítica dos leitores. Trata-se de seu sexto número, em que buscamos apresentar algumas das interfaces construídas entre a Universidade e a sociedade. O tema em questão – interfaces – surgiu de forma curiosa. Em uma das muitas reuniões realizadas no Centro de Comunicação (Cedecom), quando discutíamos as possibilidades de formato para a grade de programação da nossa rádio – a UFMG Educativa, a estação do conhecimento, um dos participantes fez uma pergunta.
“Afinal – disse nosso interlocutor – qual é a natureza e o significado da presença da Universidade no cotidiano das pessoas comuns, que não são parte integrante da comunidade universitária?” Colocada dessa forma, quando buscávamos informá-lo acerca da ação mais global da Instituição, a questão pareceu-nos um bom desafio a ser tratado por Diversa.
Conceição Bicalho |
Saímos a campo e, mais uma vez, a riqueza de ações da Universidade surpreendeu-nos. Além da atuação no campo da formação de pessoal – graduação, pós-graduação, educação continuada, aperfeiçoamento –, nos mais diversos campos do conhecimento, identificamos um rico conjunto de pesquisas, muitas delas de alto padrão científico e tecnológico; observamos a atuação institucional na atenção à saúde, as ricas intervenções na área da cultura, num compósito multifacetado em que a presença viva da Universidade se marcava no cotidiano de muitos indivíduos, grupos e organizações.
Essa riqueza de informações, também mais uma vez, tornou a tarefa editorial complexa. Que selecionar? Qual o critério de importância a ser adotado? Afinal, o espaço editorial tem limites precisos. Escolhemos experiências em que a articulação entre a excelência acadêmica e a relevância social se expressava de maneira mais nítida e exitosa. Certamente, muitas outras com as mesmas características deixaram de ser reportadas. Entretanto, a reflexão sobre o que se relatou – os artigos dos professores que integram esta edição – nos instiga a pensar para além do relatado, incorporando seja a crítica ao realizado e aos limites do realizável, seja o pensamento mais global do campo ou área temática abordada.
Na entrevista que abre esta edição, Diversa ouviu o Ministro da Educação, Tarso Genro, que nos apresenta suas considerações acerca das interfaces entre a instituição universitária e a sociedade e formula algumas questões sobre a proposta do MEC para a restruturação da Educação Superior – a Reforma Universitária.
Compondo o projeto gráfico de Diversa, na perspectiva adotada desde o número 2, a edição temática é enriquecida com ilustrações dos professores Conceição Bicalho, Maria do Céu, Marcelo Kraiser e Vlad Eugen Poenaru, da Escola de Belas Artes. Assim como a esses, registramos, mais uma vez, nossos agradecimentos a todos os demais colaboradores que tornaram esse trabalho possível, garantindo a transformação da experiência cotidiana da UFMG nas reportagens aqui apresentadas. Ao leitor, produtor dessa experiência e seu destinatário, nossa esperança de que a pergunta colocada como desafio tenha sido, aqui, minimamente respondida.
Maria Ceres Pimenta Spínola Castro
Diretoria de Divulgação e Comunicação Social