No dia 28 de abril, Allana Karla, graduanda do curso de turismo da UFMG, fez a apresentação virtual intitulada “Sabará e um pouco de sua cultura”. A iniciativa teve o objetivo de apresentar a cidade de Sabará para além do fato de fazer parte da região metropolitana de Belo Horizonte, mas como uma das mais importantes regiões de Minas Gerais, destacando a sua importância histórica, acervo e população.

Na ocasião foi possível conhecer desde o centro da cidade, com sua riqueza cultural composta pela arquitetura das igrejas, aos bairros que integram a cidade, como o bairro Alvorada que é porta de entrada para os visitantes que escolhem o caminho da rodovia MG–05, a Vila Nova Vista, que conserva a tradição por meio do estilo musical soul black, Arraial Velho, Pompéu, dentre outros.

Além disso ao falar sobre as ruas e monumentos de Sabará, Allana relembrou a história da resistência negra dos povos africanos que foram trazidos na condição de escravos e que mesmo nessas condições, resistiram e contribuíram muito para a construção da história e cultura da cidade de Sabará e também a presença indígena que deu origem ao nome Sabará toponímico, derivado da palavra tupi-guarani “tesáberabusu” que significa “grandes olhos brilhantes”.

A apresentação também abordou festivais tradicionais da cidade como o da Jabuticaba, e o Comida de Senzala, incluindo alguns pratos típicos que são representados nesses eventos como receitas elaboradas com umbigo de banana e o famoso frango com ora-pro-nóbis.

Temas como capoeira, as heranças religiosas da afrocultura, e barroco mineiro e as obras de Aleijadinho não ficaram de fora.

Durante o evento ocorreram importantes contribuições com a participação de convidados especiais, como o depoimento e apresentação de Tantinha responsável pelo Ervanário São Francisco de Assis que possui sede em Sabará, sendo uma das importantes experiências agroecológica em Minas Gerais, o vereador da cidade Sidinho da ONG, Magna de Oliveira, servidora da UFMG e uma das coordenadoras do Ayó em Minas Geraise e Abdoul Razack, estudante internacional da UFMG.

Por fim, o estudante Abdoul Razack, da África, comentou que muitas vezes o que foi apresentado a ele como a cultura brasileira por exemplo os pontos turísticos da região da Pampulha e Belo Horizonte não proporcionaram um sentimento tão verdadeiro de acolhimento como a apresentação proporcionou, o que gerou nele uma sensação de estar em casa. Enfatizando o fato de como esse tipo de trabalho proporcionou a ele um sentimento de identificação muito maior do que muitos pontos turísticos do Brasil.

A programação faz parte da edição virtual do Café Intercultural organizado por Elaine Parreiras, responsável pelo setor de Acolhimento da Diretoria de Relações Internacionais da UFMG, com o apoio de Artur Macedo e Victor Dourado, bolsistas do setor,  no âmbito do projeto de extensão universitária “O Mundo na UFMG: Internacionalização em Casa”.