Nos dias 17 e 18 de fevereiro a I Jornada de Estudos Europeus reuniu acadêmicos, pesquisadores, embaixadores e representantes de universidades e organizações interessados nos estudos sobre a Europa. Foram discutidos temas relativos à maneira como são feitos estudos sobre o continente em diferentes países, os modelos de Centros Europeus e as possibilidades de interação, financiamento e desenvolvimento.

No discurso de abertura, Ana Paula Zacarias, Embaixadora que chefia a delegação da União Europeia no Brasil, falou sobre mobilidade internacional e reconhecimento de diplomas, além de salientar o apoio que Programas como o Erasmus Mundus e o Ciência sem Fronteiras dão para a promoção do conhecimento intercultural e estreitamento da relação entre Brasil e Europa.

Após a sessão de abertura, foi iniciada a primeira mesa de debates, coordenada pela Professora Ana Maria Rabelo, da UFMG, que teve como tema os estudos europeus no próprio continente. O Professor Juhana Aunesluoma, da University of Helsinki, apresentou os motivos que levaram à construção de uma rede de relacionamentos em vez da criação de centros institucionalizados, que normalmente têm imperativos a seguir. Segundo ele, para que haja sucesso, a nodalidade e organização das redes são as bases que devem sustentar esses projetos. A Professora Ana de Medeiros, da University of Kent, pontuou uma diferente forma de organização para a universidade com centro de estudos instituídos em Atenas, Bruxelas, Paris e Roma.

Na segunda mesa de debates, o Reitor da Collège d’ Europe, Professor Jörg Monar, falou sobre a experiência de sua Universidade no que tange aos estudos europeus, relatando os cursos oferecidos e os requerimentos para ingresso. Monar ressaltou que alguns fatos históricos proporcionaram um incremento dessas pesquisas, dentre eles o final da Guerra Fria, o desenvolvimento oriental e o crescimento da integração e cooperação na Europa a partir de 1949.

A Professora Andrea Ribeiro Hoffmann, da Freie Universität Berlin, fez uma apresentação sobre os assuntos recorrentes quando se trata de estudos europeus, como a descrição da integração europeia, como ela se organiza e como os países que a compõem implementam as suas políticas e os seus efeitos no mundo. Em análise comparativa, Hoffmann observou um declínio da procura pelos estudos europeus tradicionais e o aumento dos estudos oferecidos pela universidade alemã relacionados à União Europeia. O Professor Marco Borraccetiti, da Università di Bologna, também participou da sessão que foi moderada por Vera França, da UFMG.

A programação do primeiro dia da I Jornada de Estudos Europeus foi finalizada com um debate sobre o tema das duas mesas: Os Estudos Europeus na Europa.