A internacionalização se tornou, nos últimos anos, um dos pilares para a qualificação das universidades. Como parte de seu programa de internacionalização, a UFMG criou cinco Centros de Estudos relativos a diversas partes do mundo, com o propósito de estreitar relações entre as comunidades acadêmicas. Já haviam sido realizados eventos dos Centros de Estudos Africanos, em novembro de 2012 e junho de 2013, Europeus, em maio de 2013, Indianos e Latino-Americanos, ambos em outubro de 2013 Nos dias 28 e 29 de novembro, foram inaugurados o Centro de Estudos Chineses (CEC) e o Instituto Confúcio da UFMG, em eventos realizados no Auditório 104 do CAD 2.

No primeiro dia, o Reitor Clélio Campolina; o Professor Eduardo Vargas, Diretor da Diretoria de Relações Internacionais; o Professor Fábio Alves, Diretor do CEC e o antigo Embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, inauguraram CEC e deram início à I Jornada de Estudos Chineses da UFMG, realizado com o propósito de integrar pesquisadores de temas relacionados à China.

Solenidade de inauguração do CEC e do Centro de Internacionalização. Da esquerda para a direita: Rocksane de Carvalho, Vice-Reitora, Fábio Alves, Diretor do CEC, Clodoaldo Hugueney, representante da Embaixada, Clélio Campolina, Reitor, e Eduardo Vargas, Diretor da DRI. Créditos: Foca Lisboa.

A primeira apresentação foi a de Clodoaldo Hugueney, que apontou a emergência de intensificar a interação entre Brasil e China diante do cenário internacional atual, em que a China desponta como uma das principais potências industriais do mundo. Segundo Hugueney, a China está passando por um processo de flexibilização política. “Os processos de reforma e abertura seguem”, afirmou ele, que destacou também que, apesar da necessidade de intensificação, a relação Brasil-China mudou radicalmente nos últimos quinze anos, através de parcerias estratégicas entre os governos destes países.

Em seguida, os Professores Henrique Altemani, do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ásia-Pacífico da UEPB, e Carlos Alberto Gohn, Diretor do Instituto Confúcio da UFMG, apresentaram perspectivas sobre a integração Brasil-China. Altemani fez uma rápida retrospectiva sobre a trajetória das relações Brasil-Ásia, que indicou um interesse tardio pela China e o déficit existente nos estudos sobre o país no Brasil, apontando que, neste aspecto, a UFMG está à frente em relação a outras universidades brasileiras. Gohn destacou a interação cultural entre os países, através da exibição de vídeos de alunos chineses que estão estudando a língua portuguesa.

Ainda no dia 28, durante a tarde, foram apresentados seis projetos de pesquisa desenvolvidos por professores da UFMG que mantêm relações com projetos chineses e com a atuação da China no Brasil e no mundo, nas áreas de Economia, Engenharia e Tecnologia. O evento foi encerrado com a presença do Vice-embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, e de Li Peigen, Reitor da Huazhong University of Sciences and Technology (HUST), de Wuhan, China.

No dia 29, aconteceu a inauguração do Instituto Confúcio, que também contou com a presença de autoridades da China e da UFMG. Com o intuito de incentivar o conhecimento mútuo entre os países, o Instituto Confúcio promoverá desde cursos de longa e curta duração destinados às comunidades acadêmica e externa, até bolsas de estudos na China. Para viabilizar essas atividades, foi assinado um acordo de cooperação mútua entre a UFMG e a HUST. Durante toda a semana o Instituto organizou uma programação cultural, que envolveu oficinas e apresentações de músicas, danças, caligrafia e lutas tipicamente chinesas.

Membros da Academia de Kung Fu Tai Lau Chuan apresentaram a Dança do Leão, tipicamente chinesa, durante a inauguração do Instituto Confúcio. Créditos: Sarah Dutra.

 Em 2014 serão completados 40 anos de diplomacia entre Brasil e China. A cooperação entre os países está crescendo em diversas áreas, e a UFMG se empenha em participar deste processo, assim como em se internacionalizar cada vez mais. Durante os eventos foi apresentado, pelo Professor Eduardo Vargas, o projeto da futura sede do Centro de Internacionalização da UFMG, que abrigará todos os Centros de Estudos Estrangeiros da Universidade, além da sede do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT)e da Diretoria de Relações Internacionais. Aconteceu, também, o selamento de uma cápsula do tempo, que contém documentos sobre todos os Centros de Estudos da UFMG, que será aberta em 2028, quando a DRI completará 30 anos.