Possibilidades do ensino e trabalho na botânica são tema de aula inaugural do curso de Ciências Biológicas a distância

Os alunos do terceiro período do curso de Ciências Biológicas a distância vão olhar de modo diferente para as árvores, para as frutas do lanche e até as para suas roupas de algodão depois de assistirem à aula inaugural deste semestre, realizada no sábado, 10, no auditório 3 do ICB, no campus Pampulha.

Ministrada pela professora Rosy Isaias, do Departamento de Botânica, a lição abordou os desafios e as possibilidades do profissional que se dedica ao estudo das plantas, como professor, pesquisador ou como responsável por projetos de educação e de gestão ambiental. Na avaliação da docente, a área ainda não atrai tanto os estudantes devido ao que ela chamou de “cegueira botânica”, dificuldade para perceber a importância das plantas para a vida.

Para enfrentar o problema, a professora sugeriu aos estudantes proporem a seus futuros alunos criarem um diário de botânica, no qual eles poderão reunir informações sobre espécies vegetais, ou mesmo fazerem aulas ao ar livre, em espaços como parques e praças. “O que me atrai no ensino da botânica é que não é preciso muito material. A gente só tem que estar atenta ao nosso redor”, explica Rosy, que recomenda ainda o uso de jogos educativos, dinâmicas, livros paradidáticos e cartilhas para complementar as atividades.

Mais do que apresentar informações sobre os órgãos das plantas e seus funcionamentos, a professora defende que seus futuros colegas de profissão estimulem o respeito por essa forma de vida. “Muita gente diz que não gosta de botânica porque são muitos termos para guardar. Não precisa saber todos. É necessário saber que eles existem e para que eles servem e zelar por eles.”

Essa é a também a opinião do aluno Carlos Augusto, do polo de Contagem. “É fundamental que essa conscientização comece logo cedo, quando os estudantes ainda são crianças”, afirma o também professor de filosofia.

Novas e velhas tecnologias

Coordenadora do curso de Ciências Biológicas a distância, a professora Eliane Novato acredita que, além dos recursos didáticos tradicionais, é preciso fazer uso das novas tecnologias de informação no processo de ensino. “Essa é uma geração de alunos conectados. Não adianta tentarmos tirar os telefones deles, temos é que usá-los como aliados. Há muitos aplicativos gratuitos que podemos utilizar na sala de aula”, explica.