Campanha de Financiamento Coletivo pretende resgatar a história contada pelo acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

Um incêndio atingiu o prédio em junho de 2020, gerando perdas e danos severos em suas coleções

Depois de mais de seis meses do incêndio que consumiu parte do acervo do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, a luta pelo resgate da história contada pelas peças atingidas pelas chamas continua. Muitas delas se perderam ou sofreram danos severos. Com o intuito de manter viva a memória desses itens, foi criado o projeto Renasce Museu.

A iniciativa propõe desenvolver uma plataforma virtual com informações e imagens de cada item do acervo do Museu. Ela será acessível de forma pública e gratuita, por meio de um site em que todas as pessoas poderão pesquisar e conhecer as coleções. Para subsidiar os custos do projeto, uma Campanha de Financiamento Coletivo está em curso na plataforma Benfeitoria.

A meta inicial de arrecadação da campanha é de R$ 300 mil

Os acervos do Museu guardam diversas coleções reunidas ao longo de décadas de pesquisas e de envolvimento com a sociedade. De itens arqueológicos a objetos de arte popular, de peças paleontológicas a acervos zoológicos, de amostras geológicas a conjuntos etnográficos, além de um rico acervo botânico. O incêndio que atingiu o prédio na manhã do dia 15 de junho de 2020 afetou cinco salas da instituição, onde ficava parte da reserva técnica. O local guardava a maior coleção de esqueletos antigos das Américas. Apesar de o fogo ter sido controlado pelos Bombeiros em poucas horas, muitas peças se perderam e outras foram severamente impactadas.

Os acervos de paleontologia do museu mostram um resumo de como a biodiversidade se modificou na Terra desde seu surgimento há bilhões de anos até os dias atuais.

O trabalho de resgate emergencial dos itens atingidos pelo incêndio durou cerca de três meses. Uma equipe de profissionais de diversas áreas do conhecimento se empenhou em retirar, manusear e catalogar todo o material, aplicando as mesmas técnicas usadas em escavação de sítios arqueológicos.

Para seguir com o resgate e compartilhar com o público a história de todas essas peças, o projeto Renasce Museu vai contar com uma equipe multidisciplinar trabalhando com os acervos de Paleontologia, Arqueologia e Etnografia, que sofreram impactos de ordens diversas com o incêndio. A médio e longo prazos, essa iniciativa também vai possibilitar a consulta de todo o acervo do museu, otimizando seu acompanhamento por meio de ferramentas de gestão mais eficientes.

Qualquer pessoa pode ajudar a manter viva a memória do museu. A campanha aceita doações de diversos valores, que podem ser feitas até o dia 25 de fevereiro, pelo site da Benfeitoria. Os doadores ainda serão contemplados com recompensas que variam de acordo com a quantia doada, desde broches e camisas exclusivas, até visitas exclusivas e realização de eventos no museu. A meta inicial de arrecadação é de R$ 300 mil, e a iniciativa tem o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cada real arrecadado, o BNDES doará mais dois reais. Quer ajudar a reescrever essa história? Então, clique aqui.