Um dia antes do aniversário de BH, celebrado em 12 de dezembro, o Espaço do Conhecimento UFMG presenteia a cidade com mais uma temporada da exposição virtual Sertão Mundo e ainda uma edição especial do encontro Educação na Praça com um especialista em contação de histórias de Cordisburgo.
Concebida no formato virtual, chega à 3ª temporada, com data de inauguração marcada para o dia 11 de dezembro, 5 novas instalações. Duas delas trazem o artista Celso Adolfo, mineiro de São Domingos do Prata, que adotou a capital Belo Horizonte desde 1969. Em duas instalações teremos o músico e documentarista Makely Ka, nascido em Valença, no Piauí, que se mudou para BH em 1991. E na 5ª instalação, um conjunto de 05 podcasts com trechos do projeto Cartas para João (de Daniella Guimarães de Araújo e Tânia Alves) , gravados por apreciadores da obra de Guimarães Rosa.
1) Cantigas de Sagarana /Celso Adolfo (Sagarana)
2) Musicando Rosa /Celso Adolfo (Sagarana)
3) Entre a Caatinga e o Cerrado/ Makely Ka (Brasilândia de Minas)
4) Recado da Canção / Makely Ka (Bonito de Minas)
5) Cartas para João / (Sete Lagoas)
Educação na Praça – Sertão Mundo
A primeira atividade de abertura da 3ª temporada será uma edição especial do encontro Educação na Praça, às 10h, com participação aberta ao público via Zoom e pelo canal do YouTube do Espaço do Conhecimento. No projeto, voltado a educadores, será debatido o papel formador e transformador da escrita e da contação de histórias. O convidado é Fábio Barbosa, contador de histórias e pesquisador da obra de Guimarães Rosa. Ele é um dos narradores da instalação ‘Cartas para João’, que trará trechos de cartas de leitores da obra rosiana, endereçadas à antiga residência de Guimarães Rosa, em Cordisburgo.
Fábio é ator, contador de histórias e membro da primeira geração do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim. Ele compartilhará sua experiência junto ao grupo Miguilim e outros projetos relacionados à literatura de Rosa. Atualmente, Fábio trabalha na coordenação local das gerações do Grupo Miguilim, além de coordenar o Grupo de Contadores de Estórias da cidade de Morro da Garça. É produtor e diretor artístico do Grupo Caminhos do Sertão e membro do Grupo Teatral “O Banquete”.
Guimarães Rosa trabalha temas universais como amor, sentido da vida, medo e dúvidas e por meio da literatura é possível trazer esses temas universais presentes em sua obra, através de uma viagem pelo Sertão e por suas diferentes interpretações.
Segundo a professora Diomira Faria, diretora científico-cultural do Espaço do Conhecimento UFMG e uma das curadoras da exposição, “a ideia é trabalhar a nossa sensibilidade a partir de tudo que esse sertão representa e nos oferece, não apenas o sertão geográfico que começa em Minas, lá em Cordisburgo, a cidade onde Guimarães nasceu, mas o sertão que vai para o mundo e volta pra dentro da gente. Foi nesse sentido que concebemos a exposição em formato de um mapa, onde cada visitante tem a oportunidade de fazer sua própria travessia e voltar a si mesmo pois o sertão está dentro da gente”.
A 1ª temporada está disponível desde 1º de setembro em em ufmg.br/espacodoconhecimento/exposicaosertaomundo/. A 2ª foi lançada em 16 de outubro, na Virada Cultural de BH, enquanto a 3ª estará disponível para o público a partir de 11 de dezembro como um presente de aniversário para BH.
Confira as 5 novas instalações inauguradas na 3ª temporada
1) Cantigas de Sagarana /Celso Adolfo (Sagarana)
O artista compôs um disco inteiro inspirado por Guimarães Rosa e sua coletânea de contos Sagarana. Nesta instalação, pode-se ouvir uma de suas composições, Remanso só Rio Largo, que dá nome ao álbum e remete à cidade de origem do próprio compositor. Adolfo se aproveita das referências da obra roseana para remeter à própria história, mas também à história de uma região, suas paisagens, seus sons e principalmente seus personagens, que permeiam ambas as obras que se entrecruzam.
2) Musicando Rosa /Celso Adolfo (Sagarana)
Vídeo com depoimento de Celso Adolfo sobre seu CD baseado em Sagarana e nas quadrinhas. Celso Adolfo compôs Remanso só Rio Largo a partir da obra de Guimarães Rosa, inspirado por sua origem e pelo Grande Sertão: Veredas. No disco há personagens de Rosa e personagens que o próprio Celso conheceu em sua cidade. Nesta instalação, ouve-se o depoimento do músico sobre a composição de seu trabalho e suas relações com a obra roseana, além de certas coincidências que parecem unir ambos os artistas.
3) Entre a Caatinga e o Cerrado/ Makely Ka (Brasilândia de Minas)
O artista, músico e documentarista Makely Ka percorreu, de bicicleta, os caminhos de Riobaldo Tatarana, seguindo o mapa literário de Grande Sertão: Veredas. A viagem resultou em um álbum musical, um show, uma exposição fotográfica e relatos, entre outros desdobramentos. O vídeo da instalação mostra o depoimento de Makely sobre sua história, seu trajeto, e sua experiência no Sertão. Vídeo com depoimento sobre a viagem ao sertão e fotografias do percurso.
4) Recado da Canção / Makely Ka (Bonito de Minas)
Esta instalação conta com um vídeo de Makely Ka tocando uma de suas músicas, compostas como parte do projeto Cavalo-Motor. O projeto consistiu em uma viagem pelo noroeste mineiro, seguindo a rota de Riobaldo Tatarana, protagonista do grande romance de Rosa, Grande Sertão Veredas.
5) Cartas para João / (Sete Lagoas) – 10 cartas escritas para Guimarães Rosa – Instalação Instituto Unimed-BH
“Cartas a Guimarães Rosa” foi um projeto que contou com a participação de diversos apreciadores da obra roseana, que dedicaram algumas palavras ao escritor, no formato de cartas endereçadas à sua antiga residência, em Cordisburgo. Nesta instalação, em formato de podcast, são narrados trechos de cartas endereçadas a Guimarães Rosa. Nesta instalação a participação da psicanalista Milene de Mello, pontua interfaces entre a literatura e a medicina. “Escrever é, também, a cura do mundo.”
Ficha técnica da instalação ‘Cartas para João’
Desenho de áudio: Lucas Ferrari Rabelo
Vozes: Fábio Barbosa; Milene de Mello; Tânia Maria de Almeida Alves;
Autor(a)s dos textos: Daiane Cairs Souza Martins; / Daliena Freitas Borges; / Marcílio da Silva Tomaz; / Maria Cristina Franco; / Maria Elisa Almeida; / Maria Izabel Pereira Diniz; / Milene de Melo; / Roberto Carlos Rodrigues; / Sérgio Garcia; / Simone Meyer Rosa/ Uiara Sabrina Miranda.
A curadoria da exposição Sertão Mundo é de Claudia Campos Soares (professora da Faculdade de Letras da UFMG), Dânia Lima (arquiteta e assessora do Núcleo de Expografia do Espaço do Conhecimento UFMG); Diomira Ma.C.P.Faria (professora do Instituto de Geociências da UFMG e Diretora Científico-Cultural do Espaço do Conhecimento UFMG); e Maurício Gino (professor da Escola de Belas Artes da UFMG e Coordenador do Núcleo de Audiovisual do Espaço do Conhecimento UFMG).
Serviço:
Inauguração da 3ª temporada da Exposição Sertão Mundo Quando: 11 de dezembro Onde: ufmg.br/espacodoconhecimento/exposicaosertaomundo/ —– Educação na Praça – terceiro encontro de formação Quando: 11 de dezembro, das 10h às 12h Onde: www.youtube.com/espacoufmg
Atividade gratuita |
Sertão Mundo tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH e o apoio da Aliança Francesa, do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG, do Museu Casa Guimarães Rosa e da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, com a cessão de acervo do Museu de Arte da Pampulha – MAP.
A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), por meio do Espaço do Conhecimento UFMG, estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o museu é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas Gerais. O Espaço integra a Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG, é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH*, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores.
Sobre o Instituto Unimed-BH associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando a formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, ampliar o acesso à cultura, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$140 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, viabilizado pelo patrocínio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores. No último ano, mais de 7 mil postos de trabalho foram gerados e 3,9 milhões pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Neste ano, todas as iniciativas do Instituto celebram os 50 anos da Unimed-BH. Clique aqui e conheça mais sobre os resultados do Instituto Unimed-BH.
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