Os trabalhos desta seção falam não somente da enfermidade causada por um vírus, mas também de um “adoecimento do mundo”. A partir de uma perspectiva decolonial, as seis obras aqui apresentadas abordam a temática a partir de “visões outras” de mundo: do ponto de vista da cosmovisão indígena, iorubá ou de mulheres migrantes. Os trabalhos nos encorajam a manter a esperança por um futuro mais justo. 

  • “A vida em movimento no contexto do novo coronavírus: narrativas biográficas de mulheres negras”

O ensaio traz relatos de mulheres negras sobre experiências, mudanças, desafios, saúde física e psicológica, entre outras questões. Escrito a quatro mãos por Amadeus Rocha Morais, Camila Cristian Contão, Emanuelly Paula Rosa Cândido e Maria Clara Régis.

  • “O sagrado da terra”

Um olhar sobre o enfrentamento do coronavírus por povos indígenas. Assista ao curta-metragem de Otávio Kaxixó.

  •  “A febre do mundo: notas sobre os sintomas de nossos tempos”

Ensaio de Marília Raiane Rodrigues Silva, sobre as perturbações ecológicas e o esgotamento do mundo.

  • “Hãmãgãy – maternidade indígena durante a quarentena”

O zine de Jé Hãmãgãy trata sobre relações de afeto e apoio no contexto da maternidade, abordando: racismo, abuso psicológico, ansiedade e violência obstétrica.

  • “Yãy tu nũnãhã payexop – Encontro de pajés”

Filme de Sueli Maxakali sobre a vida e o cotidiano na aldeia no contexto da pandemia. Um retrato dos encontros, dos rituais e da sabedoria ancestral.

  • “Ebó contra o carrego colonial”

Com este ebó, Rodrigo Gonzaga busca repensar a noção de Èsù, enquanto princípio de tudo, para aqueles que o vivenciam e o cultuam dentro de uma cosmovisão iorubá.